Piloto é preso por tentar desligar motores de avião com mais de 80 passageiros a bordo
Ele foi acusado de tentativa de homicídio e o voo teve que ser desviado pela ameaça à segurança
Um piloto de avião da Alaska Airlines foi preso no último domingo, 22, acusado de tentativa de homicídio após tentar desligar os motores de um avião que estava no ar com mais de 80 passageiros e tripulantes. O homem estava de folga e viajava na aeronave como passageiro.
O voo saiu de Everett, em Washington, com destino a São Francisco, por volta das 17h20 de domingo, segundo a Alaska Airlines informou por meio de um comunicado oficial.
O voo era operado pela Horizon Air, uma empresa subsidiária da Alaska Airlines, mas precisou ser desviado por causa da ameaça de segurança. O homem que estava em um assento auxiliar na cabine de comando tentou desligar os motores, segundo a NBC News.
O capitão e o primeiro oficial da Horizon conseguiram agir rapidamente, e a potência do motor não foi perdida, por isso, nenhum incidente ocorreu, conforme o comunicado à imprensa.
O voo pousou cerca de uma hora depois no aeroporto de Portland em segurança, segundo dados da FlightAware, após o desvio necessário.
O causador do incidente foi identificado como um piloto da companhia que estava de folga naquele dia. O assento auxiliar da cabine de comando é geralmente utilizado por pilotos fora de serviço, que retornam de viagens ou se dirigem a aeroportos para iniciar sua jornada de voos.
Um áudio mostra trechos da comunicação do avião com o controle de tráfego aéreo, e revela a tentativa de desligar os motores. Após o desembarque, o piloto fora de serviço, Joseph David Emerson, 44, foi preso pela polícia do Aeroporto de Portland, segundo informações da NBC News.
Prisão
O piloto foi preso por 83 acusações de tentativa de homicídio, 83 acusações de conduta ilícita e imprudente e uma acusação por colocar a aeronave em perigo, segundo os registros do Gabinete do Xerife do Condado de Multnomah.
O FBI está investigando o caso e disse que não houve feridos. A agência disse que "pode garantir aos usuários de voos nos EUA não haver ameaça contínua relacionada a esse incidente". A Administração Federal de Aviação (FAA) afirmou estar "em comunicação com as companhias aéreas do Alasca e da Horizon" e "apoiando as investigações policiais".
A FAA esclareceu que o evento de segurança não está ligado aos acontecimentos mundiais atuais. Todos os passageiros puderam viajar em um voo posterior, em direção ao destino inicial, a cidade de São Francisco.