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Polícia busca pistas sobre autor de massacre a tiros em Las Vegas, o maior da história moderna dos EUA

3 out 2017 - 09h31
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A polícia estava em busca, nesta terça-feira, de pistas que expliquem por que um aposentado com inclinação para jogos de azar, mas sem antecedentes criminais, usou um quarto de hotel em Las Vegas para disparar contra espectadores de um show, matando dezenas de pessoas antes de se suicidar.

Mulher acende velas para vítimas de ataque em festival de música, em Las Vegas 02/10/2017 REUTERS/Chris Wattie
Mulher acende velas para vítimas de ataque em festival de música, em Las Vegas 02/10/2017 REUTERS/Chris Wattie
Foto: Reuters

O massacre a tiros da noite de domingo, realizado de uma janela do 32º andar do hotel Mandalay Bay, na avenida Las Vegas Strip, matou ao menos 59 pessoas. Mais de 500 ficaram feridas, algumas delas pisoteadas, no pior ataque a tiros da história moderna dos Estados Unidos.

O atirador, identificado como Stephen Paddock, de 64 anos, não deixou nenhuma pista óbvia do motivo que o levou a reunir um arsenal de alta potência, incluindo 34 armas, ou da carnificina que ele infligiu a uma plateia de 22 mil pessoas que assistia a um festival de música country ao ar livre.

Até onde se sabe Paddock não prestou serviço militar, não tinha histórico de doença mental nem exibiu qualquer sinal de isolamento social, descontentamento político ou opiniões radicais em redes sociais.

Autoridades dos EUA também rejeitaram uma reivindicação de autoria do grupo militante Estado Islâmico.

"A esta altura não determinamos nenhuma conexão com um grupo terrorista internacional", disse Aaron Rouse, agente especial a cargo do escritório de campo do FBI em Las Vegas, na segunda-feira.

A polícia disse acreditar que Paddock agiu sozinho, mas que desconhece o que pode ter precipitado o ataque.

"Não fazemos ideia de qual era seu sistema de crenças", disse o xerife do condado de Clark, Joseph Lombardo, aos repórteres. "Não consigo entrar na mente de um psicopata".

Embora a polícia tenha afirmado não ter nenhum outro suspeito, Lombardo disse que os investigadores querem conversar com Marilou Danley, que namorava e morava com Paddock e que estava no exterior, possivelmente em Tóquio, de acordo com o xerife.

Lombardo também disse que os detetives estão "cientes de outros indivíduos" envolvidos na venda de armas que o atirador comprou.

Mesmo assim, o mais perto que Paddock parece ter chegado de um atrito com a lei foi uma infração de trânsito, informaram autoridades.

O saldo de mortes, que segundo as autoridades pode aumentar, ultrapassou o recorde de um massacre cometido no ano passado em Orlando, na Flórida, quando um atirador que jurou lealdade ao Estado Islâmico matou 49 pessoas em uma casa noturna gay.

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