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Polícia segue em busca de atirador 'armado e perigoso' que matou ao menos 18 nos EUA

Segundo autoridades, atirador, identificado como Robert Card, abriu fogo em pista de boliche e restaurante.

26 out 2023 - 00h27
(atualizado às 20h06)
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Segundo autoridades, atirador, identificado como Robert Card, abriu fogo em pista de boliche e restaurante
Segundo autoridades, atirador, identificado como Robert Card, abriu fogo em pista de boliche e restaurante
Foto: EPA-EFE/REX/Shutterstock / BBC News Brasil

A polícia continua buscando um atirador que matou pelo menos 18 pessoas na pequena cidade de Lewiston, no Estado americano do Maine, na noite de quarta-feira (25/10).

O suspeito foi identificado como Robert Card, um instrutor de armas de fogo de 40 anos. Ele está "armado" e é "perigoso", disseram as autoridades.

Moradores de três cidades, além de Lewiston, foram aconselhados a não sair de casa enquanto as buscas pelo atirador continuam.

Segundo as autoridades, um homem armado abriu fogo em uma pista de boliche e, em seguida, em um restaurante.

Pelo menos 18 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas.

O ataque a tiros ocorreu pouco antes das 19h (20h de Brasília), segundo o comissário de Segurança Pública do Maine, Mike Sauschuck.

Pouco depois das 20h, o Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin publicou fotos do suposto atirador e pediu às empresas locais que fechassem suas portas.

Às 20h09, a Polícia Estadual do Maine disse que havia um atirador em Lewiston, uma cidade de apenas 38 mil habitantes, e que estava investigando vários locais. Também pediu às pessoas que não saíssem de casa.

Por volta das 20h30, autoridades da cidade de Auburn pediram aos moradores para se abrigarem e trancarem as portas.

Por volta das 23h, o Departamento de Polícia de Lewiston postou outra foto de Card nas redes sociais, identificando-o como uma "pessoa de interesse" (termo da polícia americana para designar alguém envolvido em algum crime de alguma forma).

Polícia compartilhou foto de veículo que teria sido usado pelo atirador
Polícia compartilhou foto de veículo que teria sido usado pelo atirador
Foto: Divulgação/LEWISTON MAINE POLICE DEPARTMENT / BBC News Brasil

Meia hora depois, a polícia estadual disse que um "veículo de interesse" foi encontrado em Lisbon, a cerca de 11 quilômetros de Lewiston, e também pediu às pessoas que não saíssem de casa.

Por volta das 04h30, horário local, a Polícia do Estado do Maine disse no X (anteriormente conhecido como Twitter) que o toque de recolher havia sido expandido para a cidade de Bowdoin, de onde o suposto atirador é natural.

Testemunhas oculares vêm compartilhando relatos sobre o ataque a tiros.

Uma mãe contou à imprensa americana que se deitou em cima de sua filha de 11 anos na pista de boliche para protegê-la.

Outra testemunha, que se identificou apenas como Brendan, disse à agência de notícias Associated Press que estava calçando os tênis de boliche quando o atirador abriu fogo.

"Estou descalço há cinco horas", disse ele na noite de quarta-feira.

O homem afirmou ter visto o atirador antes de correr por uma pista de boliche.

Ele disse ter subido e se escondido onde os pinos de boliche ficam por cerca de 10 minutos até a chegada dos policiais.

O Maine, no nordeste dos Estados Unidos, tem a 40ª maior taxa de mortes por armas de fogo na América — entre 50 estados e a capital, Washington DC — de acordo com dados da ONG Everytown for Gun Safety.

Ao contrário do restante do país, os homicídios relacionados com armas de fogo são muito menos prevalentes no Maine.

Eles são responsáveis por 7% das mortes relacionadas com armas de fogo lá, enquanto o suicídio representa 89% de todas as mortes relacionadas com armas de fogo no Estado.

Nacionalmente, o quadro é bem diferente.

Cerca de 36% das mortes relacionadas com armas de fogo nos EUA são homicídios, segundo dados da mesma organização, que acrescenta que o número de mortes por armas de fogo no Maine aumentou 20% entre 2009 e 2018.

Brady, outra organização que visa acabar com a violência armada, afirma que, com base nas estatísticas de violência por armas de fogo nos EUA, uma média de 117 pessoas são baleadas e mortas diariamente no país.

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