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Por que líder tibetano acusa China de estar ligada à polêmica sobre Dalai Lama com menino

Penpa Tsering, chefe do governo tibetano no exílio, disse que as interações do líder espiritual com o menino foram 'inocentes' e que eram uma forma de demonstrar afeto.

14 abr 2023 - 20h26
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Dalai Lama mora na Índia desde 1959
Dalai Lama mora na Índia desde 1959
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Um dos principais líderes tibetanos saiu em defesa de Dalai Lama após a polêmica do vídeo em que o religioso pede para um menino chupar sua língua.

Penpa Tsering, chefe do governo tibetano no exílio, disse que as interações do líder espiritual com o menino foram "inocentes" e que eram uma forma de demonstrar afeto.

O vídeo provocou uma grande indignação após ser muito compartilhado nas redes sociais, onde os usuários criticaram seu comportamento e o descreveram como inadequado. Colocar a língua para fora pode ser um tipo de cumprimento no Tibet, mas os críticos consideraram que Dalai Lama passou dos limites.

Após a polêmica, representantes de Dalai Lama emitiram um comunicado pedindo desculpas.

Tsering declarou que as ações do Dalai Lama foram mal interpretadas e que a polêmica havia influenciado a opinião de seus seguidores. Segundo Tsering, Dalai Lama sempre viveu em "santidade e celibato" e que seus anos de prática espiritual o levaram a um lugar mais elevado "além dos prazeres sensoriais".

Tsering também disse que há indícios que "fontes favoráveis à China" estavam por trás da viralização do vídeo nas redes sociais, mas não apresentou provas dessa afirmação.

Esse disse que "não se pode ignorar o ângulo político deste incidente".

Dalai Lama vive em exílio na Índia desde 1959, quando uma tentativa de derrubar o governo comunista na região falhou.

Tsering diz que as palavras e o comportamento do Dalai Lama foram mal interpretados
Tsering diz que as palavras e o comportamento do Dalai Lama foram mal interpretados
Foto: Reuters / BBC News Brasil

A Polêmica

O vídeo foi gravado em um subúrbio da cidade Dharamsala, na Índia, onde fica o templo em que vive o religioso, em 28 de fevereiro, segundo a agência de notícias AFP. Embora seja de fevereiro, o vídeo viralizou apenas no início de abril.

O vídeo mostra o Dalai Lama dando um "selinho" na boca do menino, que tinha ido cumprimentá-lo.

O menino pergunta se pode abraçar o líder religioso, que aponta para sua bochecha e diz "primeiro aqui". O garoto dá um beijo no rosto do líder e lhe dá um abraço.

O líder então encosta a testa na testa do menino, coloca a língua para fora e diz "e chupe minha língua". Algumas pessoas riem, o garoto põe a língua para fora e se afasta, assim como o religioso. Colocar a língua para fora pode ser um tipo de cumprimento no Tibete.

O religioso abraça o menino novamente e conversa com ele, dizendo para que se inspire em "bons seres humanos que criam paz e felicidade".

O vídeo gerou críticas generalizadas ao religioso, com muitas pessoas dizendo que a atitude foi imprópria e perturbadora.

Os representantes do Dalai Lama disseram que ele sente muito pela mágoa que suas palavras possam ter causado à família e ao menino.

"Sua santidade com frequência provoca as pessoas de maneira inocente e jocosa. Ele pede desculpas pelo incidente", disseram.

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