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Por que mulher presa por invadir Capitólio recusa perdão de Trump

Pamela Hemphill diz que o presidente está tentando 'reescrever a história' e que os manifestantes que invadiram o Congresso estavam errados

22 jan 2025 - 13h26
(atualizado às 14h20)
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Pamela Hemphill usa um traje dourado e um chapéu cinza enquanto olha diretamente para a câmera em uma fotografia de retrato
Pamela Hemphill usa um traje dourado e um chapéu cinza enquanto olha diretamente para a câmera em uma fotografia de retrato
Foto: AP / BBC News Brasil

Uma das pessoas que cumpriram pena de prisão por participar da invasão ao Capitólio dos Estados Unidos há quatro anos recusou um perdão do presidente Donald Trump, afirmando: "Estávamos errados naquele dia."

Pamela Hemphill, que se declarou culpada e foi condenada a 60 dias de prisão, disse à BBC que não deveriam haver perdões para o ataque de 6 de janeiro de 2021.

"Aceitar um perdão seria um insulto aos policiais do Capitólio, ao Estado de Direito e, claro, à nossa nação", afirmou.

"Eu me declarei culpada porque sou culpada, e aceitar um perdão só contribuiria para a manipulação e a falsa narrativa promovida por eles."

Hemphill, apelidada de "vovó MAGA" nas redes sociais em alusão ao slogan de Trump "Make America Great Again", disse que vê o governo Trump tentando "reescrever a história, e eu não quero fazer parte disso."

"Estávamos errados naquele dia, infringimos a lei — não deveriam haver perdões", reforçou ela no programa Newsday da BBC.

Manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021
Manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A decisão de Trump de perdoar ou atenuar as sentenças de quase 1.600 pessoas envolvidas na tentativa violenta de anular a eleição de 2020 foi anunciada apenas algumas horas após sua posse.

"Essas pessoas já cumpriram anos de prisão, e o fizeram de maneira cruel", disse ele na terça-feira.

"É uma prisão terrível, desumana. Foi algo horrível, uma situação muito, muito difícil."

No entanto, a decisão gerou reações desconfortáveis entre alguns políticos republicanos.

O senador Thom Tillis, da Carolina do Norte, afirmou que "simplesmente não consegue concordar" com a medida, acrescentando que ela "levanta questões legítimas de segurança no Capitólio".

Outro senador republicano, James Lankford, de Oklahoma, disse à CNN: "Acredito que precisamos continuar afirmando que somos um partido da lei e da ordem".

"Se você ataca um policial, isso é algo muito sério e deve haver uma punição adequada", acrescentou.

Entre os perdoados também está um dos rostos mais conhecidos do ataque, Jacob Chansley, autointitulado "Xamã do QAnon". Ele foi libertado da prisão em 2023, após cumprir 27 meses de sua sentença de 41 meses.

Chansley contou à BBC que recebeu a notícia através de seu advogado.

"Gritei 'liberdade' o mais alto que pude e, em seguida, fiz um bom grito de guerra nativo-americano."

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