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Povos indígenas estão particularmente em risco devido à Covid-19, alerta OMS

20 jul 2020 - 12h51
(atualizado às 13h12)
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As comunidades indígenas, que somam meio milhão de pessoas em todo o mundo, estão particularmente vulneráveis à pandemia de coronavírus devido a condições de vida precárias, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira.

Meninos ianomâmis seguram máscaras em Alto Alegre, Roraima
01/07/2020
REUTERS/Adriano Machado
Meninos ianomâmis seguram máscaras em Alto Alegre, Roraima 01/07/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que em 6 de julho havia mais de 70.000 casos contabilizados de Covid-19 entre povos indígenas nas Américas, com mais de 2.000 mortes.

"Os povos indígenas costumam ter um alto nível de pobreza, desemprego, desnutrição e doenças transmissíveis e não transmissíveis, tornando-os mais vulneráveis à Covid-19 e seus graves resultados", disse ele em uma entrevista virtual na sede da agência da ONU em Genebra.

"A OMS está profundamente preocupada com o impacto do vírus nos povos indígenas das Américas, que continua sendo o epicentro atual da pandemia."

Mais recentemente, pelo menos seis casos foram detectados entre o povo nahua na Amazônia peruana, observou Tedros.

Ele pediu às nações que tomem todas as precauções de saúde necessárias, com ênfase especial no rastreio de contatos, para tentar conter a propagação da Covid-19.

"Não podemos esperar uma vacina. Temos que salvar vidas agora", disse .

As infecções globais pela Covid-19 alcançaram mais de 14,5 milhões, de acordo com uma contagem da Reuters, com mais de 600.000 mortes.

A OMS saudou a notícia de que a vacina experimental da AstraZeneca se mostrou segura e produziu resposta imunológica em testes clínicos de estágio inicial feitos em voluntários saudáveis.

A vacina, chamada AZD1222 e em desenvolvimento pela AstraZeneca e cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, não provocou efeitos colaterais graves e gerou respostas imunes a anticorpos e células T, de acordo com os resultados do estudo publicado na revista médica The Lancet.

"Parabenizamos nossos colegas pelo progresso que fizeram", disse Mike Ryan, chefe de emergências da OMS, no mesmo briefing online. "Este é um resultado positivo, mas há um longo caminho a percorrer... Agora precisamos passar para testes em larga escala."

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