Prédio da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza é atacado por Israel; militares alegam engano
O disparo foi feito em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, após soldados “perceberam uma ameaça à tropa”
As Forças de Defesa de Israel atacaram o prédio da Cruz Vermelha, dentro da Faixa de Gaza. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 24, pelos militares que alegaram engano na operação. O caso é investigado pelo governo israelense.
O disparo foi feito em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, após soldados “perceberam uma ameaça à tropa”. "Após uma investigação, constatou-se que a detecção foi um erro e que o prédio pertencia à Cruz Vermelha. A identidade do edifício não era conhecida pelas forças no momento do disparo", afirmou o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee.
Os danos foram leves e não houve feridos, segundo o governo de Israel. A Cruz Vermelha confirmou que nenhum funcionário foi atingido, declarando que o prédio está "claramente marcado e notificado a todas as partes envolvidas no conflito", e o ataque compromete sua capacidade de atendimento aos cidadãos. O órgão, que atua de maneira neutra em zonas de guerra, condenou a ofensiva militar.
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"O direito humanitário internacional garante proteção especial aos trabalhadores humanitários e médicos, às instalações de saúde e aos bens utilizados em operações de ajuda humanitária. Eles devem ser respeitados e protegidos em todas as circunstâncias para garantir a continuidade do atendimento", declarou.
Um hospital de campanha é mantido pelo órgão em Rafah. Na última semana, a Cruz Vermelha reportou o aumento no número de atendimentos após a quebra do tratado de cessar fogo de israelenses contra a Faixa de Gaza.