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Premiê britânico vai impor restrições mais duras por Covid-19 em breve

4 jan 2021 - 11h54
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira que vai impor restrições mais duras na Inglaterra em breve para conter um surto de coronavírus em rápida escalada e indicou que as escolas secundárias podem não reabrir neste mês. Os casos de Covid-19 aumentaram drasticamente no Reino Unido nas últimas semanas, impulsionados por uma variante do vírus nova e mais transmissível. No domingo, houve quase 55.000 novos casos e, no total, mais de 75.000 pessoas morreram no país com Covid-19 durante a pandemia --a segunda maior taxa de mortalidade na Europa. Ao visitar um hospital para acompanhar as primeiras pessoas tomando a vacina feita pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, Johnson disse que o país enfrentará semanas "duras, duras". "Se você olhar os números, não há dúvida de que teremos que tomar medidas mais duras e as anunciaremos no devido tempo", afirmou Johnson. "Temos o vírus realmente em alta." A Inglaterra está atualmente dividida em quatro níveis de restrições, dependendo da prevalência do vírus, com a grande maioria do país nos níveis 3 e 4, onde a convivência social é restrita e restaurantes e bares estão fechados. O secretário de Saúde, Matt Hancock, disse anteriormente que as regras do nível 3 claramente não estavam funcionando. Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm suas próprias restrições rígidas. Com a Inglaterra se movendo em direção ao lockdown rígido da primeira onda em março, Johnson também foi questionado se as escolas teriam que fechar mais uma vez e retornar ao aprendizado online. Ele disse que isso permaneceria como um último recurso para as escolas primárias, dados os danos sociais e educacionais que podem ser causados a crianças isoladas. Mas o premiê indicou que eles podem precisar repensar um plano de reabrir escolas secundárias para alunos com idade entre 11 e 18 anos. "Parece que as escolas secundárias provavelmente desempenham um papel mais importante na propagação da epidemia do que as escolas primárias, por isso teremos de olhar com atenção para o que faremos com as escolas secundárias mais no final do mês", disse ele. O governo passou o ano tentando equilibrar a necessidade de fechar o país para conter o vírus sem prejudicar a economia. O primeiro lockdown nacional por coronavírus em maio do ano passado provocou uma queda de 25% na produção econômica --sem precedentes nos registros modernos-- deixando a economia do Reino Unido mais afetada pela pandemia do que a maioria das outras.

Premiê britânico, Boris Johnson
30/12/2020
Heathcliff O'Malley/Pool via REUTERS
Premiê britânico, Boris Johnson 30/12/2020 Heathcliff O'Malley/Pool via REUTERS
Foto: Reuters
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