Premiê do Canadá anuncia projeto para proibir venda de armas
Governo local pretende interromper novas compras ou vendas
Após os recentes massacres ocorridos nos Estados Unidos, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou um projeto de lei que prevê o congelamento da compra de armas de fogo no país.
Segundo as normas do projeto de lei, que ainda devem ser aprovadas pelo Parlamento, as licenças para o porte de armas de pessoas envolvidas em atos de violência doméstica ou assédio serão confiscadas.
Entre outras medidas, está previsto que os carregadores das pistolas sejam modificados para que não possam disparar mais de cinco tiros, bem como a proibição de comercializar ou transferir carregadores de alta capacidade de munição.
"Estamos introduzindo legislação para implementar um congelamento nacional da posse de armas de fogo. O que isso significa é que não será mais possível comprar, vender, transferir ou importar armas em qualquer lugar do Canadá. Em outras palavras, estamos limitando o mercado de armas de fogo", declarou Trudeau em uma coletiva de imprensa.
O governo canadense informou recentemente que o número de armas de fogo apontadas para pessoas durante crimes violentos quase triplicou no país, enquanto a taxa em que uma arma foi disparada com a intenção de matar ou ferir alguém aumentou cinco vezes. Além disso, quase dois terços dos crimes em áreas urbanas envolveram armas.
O ministro da Segurança Pública do Canadá, Marco Mendicino, estimou que há cerca de um milhão de pistolas no país, o que representa um aumento significativo em relação a uma década atrás.
"As pessoas devem ser livres para ir ao supermercado, à escola ou ao local de culto sem medo. Todos precisam ser livres para ir ao parque ou a uma festa de aniversário sem se preocupar com o que pode acontecer com uma bala perdida. A violência armada é um problema complexo. No final das contas, a matemática é realmente muito simples: quanto menos armas em nossas comunidades, mais seguro todos estarão", disse o premiê. .