Premiê May expressa otimismo renovado em conversas do Brexit após acordo
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, irá saudar uma "sensação renovada de otimismo" nas conversas do Brexit nesta segunda-feira, dizendo ao Parlamento britânico e à União Europeia que deveriam aprovar um acordo em uma cúpula desta semana "para seguir em frente juntos" e debater futuros laços comerciais.
Na semana passada, May, enfraquecida desde que seu Partido Conservador perdeu a maioria parlamentar em uma eleição em junho, salvou um acordo e levou as negociações para desfazer mais de 40 anos de união a seu segundo estágio depois de apaziguar os temores da Irlanda do Norte a respeito da fronteira com a Irlanda, que é membro da UE.
Mas a discussão sobre a relação comercial do Reino Unido com a UE após o Brexit contém muitas armadilhas, e pode ampliar as diferenças existentes em seu gabinete a respeito da configuração que o país deverá ter depois que deixar o bloco.
Em um comunicado ao Parlamento, May responderá àqueles que duvidaram que ela conseguiria levar as conversas além do estágio inicial sobre o quanto o Reino Unido deverá pagar ao sair, os direitos dos cidadãos e a fronteira entre a província da Irlanda do Norte e a Irlanda.
"Sempre fui clara que isto jamais seria um processo fácil. Ele têm exigido um toma lá dá cá para o Reino Unido e a UE seguirem em frente juntos. E é isto que temos feito", dirá, de acordo com trechos fornecidos por seu escritório.
"É claro que nada está acertado até tudo estar acertado. Mas existe, acredito, uma sensação renovada de otimismo nas conversas agora, e torço e espero que confirmemos os arranjos que delineei hoje no Conselho Europeu mais tarde nesta semana", dirá depois de reunir seu gabinete.
Na quinta-feira May irá a Bruxelas para uma cúpula na qual espera que os líderes dos outros 27 países-membros da UE aprovem uma avaliação dos negociadores, segundo a qual os lados fizeram "progresso suficiente" para seguir para a segunda fase.
O acordo para iniciar novas conversas pareceu ameaçado uma semana atrás, quando a premiê foi obrigada a desistir de uma reunião em Bruxelas cujo objetivo era selar um pacto depois que seus aliados da Irlanda do Norte expressaram o temor de que ela estivesse propondo um status especial para a região --algo que iria contrariar o restante do Reino Unido.