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Premiê palestino sobrevive a atentado em Gaza

13 mar 2018 - 13h19
(atualizado às 14h26)
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Primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, chega a cerimônia após explosão perto de comboio, na Faixa de Gaza 13/03/2018 REUTERS/Mohammed Salem
Primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, chega a cerimônia após explosão perto de comboio, na Faixa de Gaza 13/03/2018 REUTERS/Mohammed Salem
Foto: Reuters

O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah, sobreviveu a uma tentativa de assassinato em Gaza nesta terça-feira, disse a Autoridade Palestina, depois que uma aparente bomba de beira de estrada atingiu sua comitiva.

O ataque ao líder apoiado pelo Ocidente, que lidera os esforços de reconciliação da Autoridade Palestina com o Hamas, o grupo dominante em Gaza, ocorreu no mesmo dia em que a Casa Branca deve realizar uma reunião sobre a situação humanitária no enclave.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelo que um oficial de segurança da Autoridade Palestina em Gaza disse ter sido a explosão de uma bomba de beira de estrada. Um segundo dispositivo não explodiu, disse o oficial.

Seis agentes de segurança ficaram feridos no ataque, disse Hamdallah pouco após a explosão.

O Hamas, que repudiou o ataque, e a Autoridade Palestina disseram ver o incidente como uma tentativa de impedir a implementação de um acordo de unidade assinado em outubro, que tem elevado esperanças de melhorar as condições econômicas no território habitado por dois milhões de pessoas.

Minutos após a explosão, o premiê de 59 anos, parecendo ileso, fez um discurso na inauguração de uma usina de tratamento de resíduos e prometeu continuar a buscar a união entre os palestinos.

Ele disse que a bomba danificou três veículos. A detonação deixou uma cratera do lado da rua e estourou as vidraças de pelo menos um veículo utilitário.

A Autoridade Palestina não acusou o Hamas diretamente pelo ataque, mas sugeriu que o grupo não providenciou a segurança adequada.

"Foi uma tentativa bem planejada. Eles plantaram dispositivos explosivos a dois metros de profundidade", disse Hamdallah na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, sem apontar o dedo para nenhum grupo.

O Hamas e a Autoridade Palestina, comandada pelo presidente Mahmoud Abbas, ainda estão divididos quanto à maneira de compartilhar o poder administrativo na Faixa de Gaza nos termos de um acordo de união mediado pelo Egito. O Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza de forças leais a Abbas em 2007.

"O ataque contra o governo de consenso é um ataque contra a união do povo palestino", disse Nabil Abu Rdainah, porta-voz de Abbas.

Em um comunicado, o Hamas disse que o atentado à comitiva de Hamdallah foi "parte da tentativa de prejudicar a segurança de Gaza e aplicar um golpe nos esforços para finalizar a reconciliação". Forças de segurança lideradas pelo Hamas disseram ter iniciado uma investigação.

Hamdallah, cujo retrato é exibido ao lado do de Abbas e dos de líderes do Hamas em pôsteres espalhados por Gaza que pedem a união palestina, tem como base a Cisjordânia ocupada.

Ele viajou por terra, via Israel, para a Faixa de Gaza, e a polícia disse que a comitiva foi atacada perto de Beit Hanoun, cidade do norte do enclave. Mais tarde ele deixou Gaza em outro comboio, tal como programado, e homens munidos de rifles automáticos se postaram ao lado de seu veículo.

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