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Presidente afastado da Coreia do Sul é preso e interrogado em investigação sobre insurreição

15 jan 2025 - 07h54
(atualizado às 12h36)
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O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso e interrogado por horas por investigadores nesta quarta-feira no âmbito de uma investigação criminal sobre insurreição, encerrando semanas de impasse com as autoridades.

A prisão de Yoon, a primeira de um presidente sul-coreano no cargo, é o desdobramento mais recente em uma das democracias mais vibrantes da Ásia, embora o país tenha um histórico de investigar e prender ex-líderes.

Desde que os parlamentares votaram pelo impeachment e pela destituição de Yoon do cargo após a breve declaração de lei marcial em 3 de dezembro, Yoon estava escondido em sua residência oficial, protegido por um pequeno exército da segurança presidencial que bloqueou uma tentativa de prisão anterior.

Nesta quarta-feira ele concordou em se entregar para ser interrogado depois que mais de 3.000 policiais determinados a prendê-lo marcharam até sua residência na madrugada desta quarta-feira.

"Decidi responder à investigação do CIO -- apesar de ser uma investigação ilegal -- para evitar um derramamento de sangue desagradável", disse Yoon em um comunicado, referindo-se ao Escritório de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão (CIO), que está liderando a investigação criminal.

Um promotor acompanhou Yoon em seu carro desde a residência oficial da Presidência, localizada na área de luxo conhecida como Beverly Hills de Seul, até os austeros escritórios do CIO, onde ele entrou por uma entrada nos fundos, evitando a mídia.

Enquanto Yoon era interrogado, um homem na casa dos 60 anos de idade não identificado ateou fogo a si mesmo nos arredores da sede do CIO, disse o Corpo de Bombeiros. O homem sofreu queimaduras graves e estava inconsciente.

As autoridades agora têm 48 horas para interrogar Yoon e, depois disso, devem buscar um mandado para detê-lo por até 20 dias ou libertá-lo.

No entanto, Yoon está se recusando a falar e não concordou em ter os interrogatórios com os investigadores gravadas em vídeo, disse um funcionário do CIO. O CIO disse que não tinha informações sobre o motivo pelo qual Yoon estava se recusando a falar.

O comboio presidencial foi visto deixando os escritórios do CIO no final da noite de quarta-feira (horário local), e Yoon deve ser mantido preso no Centro de Detenção de Seul onde outras figuras de destaque, incluindo a ex-presidente Park Geun-hye e o presidente da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, também passaram algum tempo.

Os advogados de Yoon disseram que o mandado de prisão é ilegal porque foi emitido por um tribunal na jurisdição errada e a equipe criada para investigá-lo não tem mandato legal para fazê-lo. Um mandado de busca de Yoon em sua residência, cuja cópia foi vista pela Reuters, referia-se a Yoon como "líder da insurreição".

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