Presidente da Coreia do Sul preso deve ficar em cela solitária na prisão
Segundo agência, local onde Yoon Suk Yeol deve ficar é maior e mais equipado do que as celas padrão
O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, que foi preso na noite de quarta-feira, 14 (horário de Brasília), deverá ficar em uma cela solitária no Centro de Detenção de Seul. O local é o mesmo em que outras figuras de destaque, incluindo a ex-presidente Park Geun-hye e o presidente da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, também passaram algum tempo.
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Segundo a Reuters, na chegada ao local, Yoon passará por uma verificação de identidade e um exame de saúde simples. Além disso, no Centro de Detenção de Seul, os presos acordam às 6h30 e dormem após as 21h.
O local onde ele deve ficar é maior e mais equipado do que as celas padrão, que têm 6,5 metros quadrados.
Interrogatório
Após ser preso, Yoon foi submetido a uma primeira rodada de interrogatório em relação a uma investigação de insurreição criminosa, e afirmou que apenas estava cooperando com o que chamou de investigação ilegal para evitar a violência.
Um promotor acompanhou Yoon em seu carro desde a residência oficial da Presidência, localizada na área de luxo conhecida como Beverly Hills de Seul, até os austeros escritórios do CIO, onde ele entrou por uma entrada nos fundos, evitando a mídia.
No entanto, Yoon está se recusando a falar e não concordou em ter os interrogatórios com os investigadores gravadas em vídeo, disse um funcionário do CIO. O CIO disse que não tinha informações sobre o motivo pelo qual Yoon estava se recusando a falar.
As autoridades agora têm 48 horas para interrogar Yoon e, depois disso, devem buscar um mandado para detê-lo por até 20 dias ou libertá-lo.
A prisão
A prisão de Yoon é a primeira de um presidente sul-coreano em exercício. Desde que os parlamentares votaram pelo impeachment e pela destituição dele do cargo após a declaração de lei marcial em 3 de dezembro, Yoon estava escondido em sua residência oficial, protegido por um pequeno exército da segurança presidencial que bloqueou uma tentativa de prisão anterior.
Ele concordou em comparecer para ser interrogado depois que mais de três mil policiais determinados a prendê-lo marcharam até sua residência na madrugada de quarta-feira.
Os advogados de Yoon disseram que o mandado de prisão é ilegal porque foi emitido por um tribunal na jurisdição errada e a equipe criada para investigá-lo não tem mandado legal para fazê-lo. Um mandado de busca de Yoon em sua residência, cuja cópia foi vista pela Reuters, referia-se a Yoon como "líder da insurreição".
(*Com informações da Reuters)