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Presidente eleito do México escolhe advogados, médicos e engenheiros desarmados para protegê-lo

10 ago 2018 - 09h40
(atualizado às 12h55)
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O presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, disse na quinta-feira que irá abrir mão da proteção do serviço secreto utilizada por seu antecessor e optar por um aparato de segurança composto por 20 homens e mulheres desarmados, incluindo advogados, médicos e engenheiros.

López Obrador faz discurso na Cidade do México
 2/7/2018   REUTERS/Alexandre Meneghini
López Obrador faz discurso na Cidade do México 2/7/2018 REUTERS/Alexandre Meneghini
Foto: Reuters

Desde que venceu a eleição presidencial no dia 1º de julho, o político de esquerda tem se retratado como um presidente do povo, abrindo mão de privilégios tradicionais do cargo, mas a falta de uma guarda armada tem causado preocupações em um país marcado tanto pela violência política como por crimes relacionados ao tráfico de drogas.

Durante a última campanha eleitoral, houve mais ataques fatais contra políticos no México do que em qualquer outra da história recente, e uma epidemia de violência de cartéis de drogas no ano passado tornou o país o mais letal desde que registros modernos começaram a ser feitos.

Em seu primeiro pronunciamento público um dia depois de ser oficialmente nomeado presidente eleito, López Obrador disse que dez homens e dez mulheres serão escolhidos para protegê-lo, mas os descreveu como facilitadores. Ele disse que os selecionados não carregarão armas de fogo, e que a proteção será mantida no nível mínimo.

"Eles vão me proteger. Essas mulheres e homens, e todos os mexicanos vão me proteger. E quando eu falo de todos os mexicanos, estou falando sobre os soldados, porque os soldados são o povo", disse.

"Todos os mexicanos vão me proteger, mas não vai haver esse órgão (governamental) especial para garantir a proteção do presidente da República".

López Obrador acrescentou que disse ao atual presidente, Enrique Peña Nieto, que é protegido por 2 mil guardas presidenciais armados, incluindo militares, policiais e civis, que irá optar, ao invés disso, por uma equipe de segurança bem menor.

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