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Presidente polonês quer que Netanyahu possa ir ao aniversário da libertação de Auschwitz, diz assessor

9 jan 2025 - 13h43
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O presidente da Polônia pediu ao governo que garanta que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, possa escolher participar do 80º aniversário da libertação do campo de extermínio nazista de Auschwitz sem medo de ser preso por um mandado do TPI, disse um assessor sênior nesta quinta-feira.

O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão em novembro para Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, bem como para um líder do Hamas, Ibrahim Al-Masri, por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito de Gaza entre Israel e o grupo islâmico palestino.

Israel condenou os mandados para Netanyahu e o ex-chefe de defesa Yoav Gallant, dizendo que agiu em legítima defesa em sua guerra aérea e terrestre em Gaza, desencadeada pelo ataque transfronteiriço do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

Na quarta-feira, a Bloomberg informou que o presidente Andrzej Duda havia escrito ao primeiro-ministro Donald Tusk dizendo que a Polônia deveria garantir que Netanyahu pudesse participar "sem impedimentos" da comemoração de Auschwitz em 27 de janeiro, dada a natureza excepcional do evento.

Malgorzata Paprocka, chefe do gabinete de Duda, confirmou à agência de notícias estatal PAP nesta quinta-feira que a carta havia sido enviada.

"Na opinião do presidente, há uma questão -- justamente por se tratar do campo de Auschwitz, todas as pessoas de Israel e todos os representantes das autoridades desse país devem ter a oportunidade de participar desse evento excepcional".

Ela disse que Duda estava aguardando uma resposta. O gabinete de Tusk não respondeu a um pedido de comentário enviado por email.

Duda é um nacionalista de direita que tem mantido relações tensas com o governo de centro e pró-europeu de Tusk desde que este assumiu o cargo em dezembro de 2023.

Perguntado pelo canal de notícias estatal TVP Info se Netanyahu poderia contar com uma garantia da Polônia de que não seria preso, o vice-primeiro-ministro Krzysztof Gawkowski disse: "Não existe tal assunto, porque o sr. Netanyahu não está indo para a Europa".

Um porta-voz de Netanyahu, que também está na direita do espectro político, não quis comentar. Netanyahu não disse se participaria da comemoração de Auschwitz. Ele já participou de eventos de aniversário anteriores em Auschwitz.

Mais de 1,1 milhão de pessoas, a maioria judeus, pereceram em câmaras de gás ou de fome, frio e doenças em Auschwitz, que a Alemanha nazista instalou na Polônia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial.

Mais de 3 milhões dos 3,2 milhões de judeus da Polônia foram assassinados pelos nazistas, representando cerca de metade dos judeus mortos no Holocausto.

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