Premiê italiano promete doar salário de senadores aos pobres
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, prometeu doar aos pobres os 500 milhões de euros (R$ 1,75 bilhão) que ele acredita que serão economizados anualmente caso sua reforma constitucional seja aprovada em referendo popular.
Entre outras coisas, o projeto acaba com o bicameralismo paritário no país, reduzindo drasticamente os poderes do Senado e diminuindo de 315 para apenas 100 o número de senadores, que também não receberiam mais salário.
A iniciativa, já aprovada pelo Parlamento, será submetida à população no próximo mês de outubro e tem como objetivo, segundo o governo, simplificar e baratear a política italiana. "Se o referendo passar, os 500 milhões de euros economizados com o custo da política... Pense que bonito será colocá-los em um fundo contra a pobreza e dar-lhes aos nossos concidadãos", disse Renzi nesta terça-feira (9).
O primeiro-ministro está em plena campanha pela vitória do "sim" na votação e até já prometeu deixar o cargo caso o "não" vença. As últimas pesquisas mostram a população italiana bastante dividida sobre o tema.
Renzi tem dado declarações para convencer os cidadãos sobre as "vantagens" da reforma constitucional, principalmente em relação à eficiência do sistema político. Recentemente, seu governo lançou um projeto que destinará até 400 euros (R$ 1,4 mil) por mês para famílias que vivem em situação de pobreza.
De acordo com ele, os recursos poupados com a extinção dos salários dos senadores poderiam ser aplicados no fundo que financia essa iniciativa.