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Principal autoridade do governo francês para reforma da Previdência renuncia

16 dez 2019 - 10h09
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O alto comissário para Pensões do governo da França, Jean-Paul Delevoye, renunciou nesta segunda-feira, depois que a mídia local noticiou que ele não declarou publicamente os cargos que ocupava paralelamente à sua posição na administração pública.

Alto comissário para Pensões do governo da França, Jean-Paul Delevoye
10/12/2019
REUTERS/Benoit Tessier
Alto comissário para Pensões do governo da França, Jean-Paul Delevoye 10/12/2019 REUTERS/Benoit Tessier
Foto: Reuters

A renúncia, antecipada pelo jornal Le Monde, ocorre em um momento crucial para o presidente Emmanuel Macron, cujo governo está em um impasse com sindicatos que vêm intensificando os protestos contra a reforma da Previdência e que exigem o abandono da proposta.

A Presidência francesa disse em um comunicado que aceitou a renúncia de Delevoye, que ele apresentou para não prejudicar o trabalho do Executivo.

"O presidente louva seu comprometimento pessoal e seu trabalho na reforma da Previdência", disse o texto. "Sua saída permite o esclarecimento da situação".

A pressão pela demissão aumentou na semana passada devido ao conflito de interesse em potencial, uma vez que Delevoye não revelou ocupar 13 postos, incluindo o de administrador voluntário de um instituto de treinamento de seguros -- um setor que poderia ser beneficiado pela reforma da Previdência.

Delevoye já havia dito que foi um erro não divulgar os cargos. No domingo, porém, vários ministros o defenderam, dizendo que ele agiu de boa fé.

A renúncia é uma perda para Macron, não somente porque Delevoye era o principal articulador da reforma, mas um de seus aliados mais confiáveis e um dos poucos com experiência ministerial.

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