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Príncipe Andrew é processado nos EUA por acusação de abuso sexual de menor de idade

Virginia Giuffre acusa o duque de York de ter abusado sexualmente dela quando ela tinha 17 anos.

10 ago 2021 - 06h18
(atualizado às 07h37)
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Uma advogada americana que alega ter sido levada ao Reino Unido aos 17 anos para ter relação sexual com o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth 2ª, abriu um processo civil em Nova York alegando que ele abusou dela.

Virginia Giuffre, que fez acusação contra o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, afirma que foi abusada sexualmente pelo príncipe Andrew em Londres e Nova York.

O príncipe Andrew negou de forma veemente as acusações de Giuffre.

O caso de Giuffre cita a Lei das Vítimas Infantis de Nova York, que ampliou os direitos das vítimas de processar os supostos abusadores. Alega que o príncipe se envolveu em atos sexuais sem seu consentimento, sabendo quantos anos ela tinha e "que era vítima de tráfico sexual".

A acusação diz que a "conduta extrema e ultrajante" continua a causar sofrimento e danos emocionais e psicológicos significativos a Giuffre.

"Neste país, nenhuma pessoa, seja presidente ou príncipe, está acima da lei, e nenhuma pessoa, não importa o quão impotente ou vulnerável, pode ser privada da proteção da lei", dizem os documentos.

"Vinte anos atrás, a riqueza, o poder, a posição e as conexões do príncipe Andrew permitiram que ele abusasse de uma criança amedrontada e vulnerável, sem ninguém para protegê-la. Já passou da hora de ele ser responsabilizado."

Falando sobre as alegações de Giuffre em 2019, o príncipe Andrew disse que elas "nunca aconteceram".

"Não aconteceu. Posso dizer categoricamente que nunca aconteceu. Não me lembro de alguma vez ter conhecido essa senhora", disse ele ao programa BBC Newsnight.

Acusações contra Jeffrey Epstein colocaram o príncipe britânico Andrew (acima) sob holofotes mundiais
Acusações contra Jeffrey Epstein colocaram o príncipe britânico Andrew (acima) sob holofotes mundiais
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Jeffrey Epstein foi encontrado morto na prisão em 2019. Isso aconteceu depois de ter sido oficialmente denunciado no Estado de Nova York por tráfico sexual envolvendo meninas menores de idade. Antes, já havia sido condenado por solicitar prostituição a uma menor de idade, mas conseguiu escapar de grandes condenações.

Em uma declaração posterior, o príncipe Andrew disse: "Continuo a lamentar inequivocamente minha associação mal julgada com Jeffrey Epstein. Seu suicídio deixou muitas perguntas sem resposta, especialmente para suas vítimas, e eu sinto uma profunda simpatia por todos que foram afetados e desejam alguma forma de encerramento".

"Só posso esperar que, com o tempo, eles consigam reconstruir suas vidas. Claro, estou disposto a ajudar qualquer agência apropriada de aplicação da lei com suas investigações, se necessário."

A nova queixa legal alega que o príncipe e seus representantes rejeitaram pedidos para fornecer "quaisquer fatos, contexto ou explicação que ele pudesse ter, e para explorar abordagens alternativas de resolução de disputas".

A BBC entrou em contato com o Palácio de Buckingham e os representantes do príncipe Andrew para comentar o assunto.

O processo alega que o príncipe abusou sexualmente de Giuffre — então conhecida como Virginia Roberts — na casa de Londres da socialite britânica e ex-namorada de Epstein, Ghislaine Maxwell, e nas casas de Epstein em Manhattan e Little St James nas Ilhas Virgens dos EUA.

Maxwell se declarou inocente das acusações federais de que ela conspirou com Epstein no abuso de quatro meninas menores de idade. Ela deve ser julgada em novembro.

A Lei das Vítimas Infantis do Estado de Nova York foi descrita pelo governador de Nova York, Andrew Cuomo, no ano passado, como um marco no "caminho para a justiça" para pessoas que alegam ter sofrido abusos quando menores de idade e tem como objetivo ajudar "a corrigir erros que não foram reconhecidos e punidos".

Foi aprovada em 2019 e inicialmente permitia o ajuizamento de processos por alegações que estavam prescritas ou expiradas, durante o período de um ano. O prazo foi prorrogado até 14 de agosto deste ano devido à pandemia do coronavírus.

Em outro caso, um inquérito independente apontou neste mês que Cuomo assediou várias mulheres - o que levou até o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a pedir que Cuomo renunciasse. Cuomo negou ter tocado em alguém de forma inadequada e prometeu permanecer no cargo.

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