Procuradoria de NY abre investigação sobre Organização Trump
Empresa é suspeita de inflar valor de bens para obter empréstimo
A procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, iniciou uma investigação para apurar se a Organização Trump inflou indevidamente o valor de seus ativos em demonstrações financeiras anuais para obter empréstimos e benefícios econômicos, de acordo com um documento judicial protocolado nesta segunda-feira (24).
O processo pede a um tribunal de Nova York que ordene que executivos da empresa, incluindo o filho do presidente, Eric Trump, e vários outros réus cumpram as intimações para prestar depoimento.
O documento informa que a exigência faz parte do inquérito "civil confidencial em andamento sobre fraude potencial ou ilegalidade"
A imprensa norte-americana informa que os advogados da Organização Trump e de Eric ainda não se pronunciaram.
"Durante meses, a Organização Trump fez afirmações infundadas em um esforço para proteger as evidências de uma investigação legal sobre suas transações financeiras", disse James. "Eles protelaram, retiveram documentos e instruíram testemunhas, incluindo Eric Trump, a se recusarem a responder perguntas sob juramento".
Entre os envolvidos no caso está uma propriedade chamada Seven Springs Estate, que tem 85,8 hectares e fica ao norte da cidade de Nova York. De acordo com o documento da procuradora-geral, o local foi utilizado para reivindicar uma dedução fiscal de cerca de US$21,1 milhões no ano fiscal de 2015. Na declarações, se apresentava como se fosse parte do patrimônio líquido do republicano.