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Promotores buscam impedir alegações "inflamatórias" de Trump sobre FBI

24 jun 2024 - 10h57
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Promotores norte-americanos pedirão a uma juíza nesta segunda-feira que controle as declarações "inflamatórias" de Donald Trump sobre os agentes da lei que trabalham no processo criminal que acusa o ex-presidente de manusear indevidamente documentos confidenciais.

O pedido do procurador Jack Smith, que lidera o processo no lado da acusação, vem após Trump afirmar falsamente que uma política rotineira de uso da força do FBI, em vigor durante uma busca em 2022 em seu resort na Flórida, autorizava os agentes a tentar um assassinato.

Os promotores chamaram a alegação de "enganosa e inflamatória" em um documento e disseram que ela submeteu os agentes a "riscos injustificados e inaceitáveis".

Smith pediu à juíza Aileen Cannon, que impeça Trump, o candidato republicano na eleição presidencial norte-americana de 5 de novembro, de fazer declarações que representem uma ameaça à aplicação da lei enquanto estiver aguardando julgamento.

Trump se declarou inocente das acusações de que manteve ilegalmente documentos confidenciais de segurança nacional após deixar o cargo em 2021, além de obstruir os esforços do governo para recuperá-los.

O processo criminal é um dos quatro que Trump enfrenta enquanto busca derrotar a tentativa de reeleição do atual presidente, o democrata Joe Biden.

Os advogados de Trump pediram a Cannon, que Trump nomeou para o cargo quando era presidente, que rejeite o pedido de Smith, dizendo que isso viola os direitos de liberdade de expressão de Trump no meio da campanha presidencial.

Eles também argumentaram que os promotores não haviam apresentado provas de ameaças contra o FBI.

Cannon já havia negado o pedido por motivos processuais depois de constatar que os promotores não haviam consultado adequadamente os advogados de Trump antes de apresentá-lo.

As críticas de Trump sobre a busca do FBI em seu resort em Mar-a-Lago se intensificaram no mês passado depois que a política de uso da força do FBI foi divulgada como parte de um conjunto de registros relacionados à operação da força.

A política estipulava que o FBI não poderia usar força letal, a menos que um agente ou outra pessoa estivesse correndo sério risco de morte ou lesão grave. Trump não estava presente no local no momento da busca.

A alegação infundada de Trump sobre uma tentativa de assassinato foi incluída em emails de arrecadação de fundos para a campanha e foi repetida por aliados dele no Congresso.

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