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Protesto no Irã por queda de avião pede renúncia de aiatolá

11 jan 2020 - 14h53
(atualizado às 15h36)
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Manifestantes protestaram neste sábado, em Teerã, contra o aiatolá Ali Khamenei após o Irã admitir ter derrubado um avião ucraniano, que causou a morte das 176 pessoas que estavam a bordo na última quarta.

Centenas de pessoas se reuniram na frente da Universidade Amirkabir. "Comandante (Khamenei), renuncie, renuncie", gritavam, de acordo com a Reuters. Imagens do protesto circulam pelas redes sociais. Outros atos também começaram a ser registrados em outros locais da cidade.

Iranianos protestam em solidariedade às vítimas de avião abatido pelo país.
Iranianos protestam em solidariedade às vítimas de avião abatido pelo país.
Foto: Reuters

Até a agência de notícias iraniana Fars News, que raramente noticia protestos anti-governo, tem registrado protestos contra autoridades do país, que vive uma escalada de tensão desde a morte do general Qassim Suleimani em operação dos Estados Unidos há alguns dias.

Após a morte de Suleimani, que era visto como um ícone nacional, os iranianos reuniram-se em torno de seus líderes. Os protestos deste sábado sinalizam uma mudança de comportamento após a mea culpa iraniana a respeito do avião ucraniano.

O Irã negou por vários dias que um míssil derrubou a aeronave. Mas então os Estados Unidos e o Canadá, citando informações de inteligência, disseram acreditar na hipótese.

Ao admitir a culpa, o Irã fala em um "erro humano". A aeronave foi abatida poucas horas depois de o país lançar um ataque de míssil balístico em duas bases no Iraque, onde havia militares dos EUA, em retaliação pelo assassinato de Suleimani. Ninguém foi ferido no ataque às bases.

O avião, a caminho da capital ucraniana de Kiev, levava 167 passageiros e nove tripulantes de vários países, incluindo 82 iranianos, 57 canadenses e 11 ucranianos, segundo autoridades.

Em comunicado, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, exigiu uma punição para os responsáveis pelo ataque. "Esperamos que o Irã leve os culpados à justiça" e "paguem pelas compensações", disse em nota. / Com informações da Reuters

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