Protestos de estudantes belgas contra aquecimento global ganham força
Milhares de estudantes belgas faltaram às aulas pela quarta semana seguida nesta quinta-feira para protestar contra o aquecimento global, como parte de um movimento de protesto juvenil crescente em todo o mundo.
Batendo tambores, bradando e empunhando cartazes, cerca de 30 mil adolescentes enfrentaram o frio de Bruxelas e de outras cidades para pedir aos políticos locais ações mais contundentes para evitar a mudança climática.
"É nosso planeta, e a geração anterior à nossa não fez nada", disse Julian Rume, de 17 anos. "Em 20, 30 anos seremos todos imigrantes, todos teremos mudado de nosso planeta".
As manifestações são parte de um movimento popular mais amplo iniciada pela estudante sueca Greta Thunberg, de 16 anos, em 2018.
Alunos de Alemanha, Suíça, França e Austrália seguiram seu exemplo e também faltaram à escola para protestar.
As passeatas estudantis vêm sendo apoiadas por muitas figuras políticas e personalidades, como o rei belga Phillipe, e são parte de protestos recorrentes que pediram mais ação nas últimas semanas, quando temperaturas extremas renovaram os temores de que a mudança climática esteja se acelerando.
No domingo, dois meses após a primeira manifestação, cerca de 70 mil pessoas se reuniram em Bruxelas. Os organizadores estão exortando líderes europeus a adotarem diretrizes climáticas ambiciosas alinhadas às metas do acordo de Paris de 2015.
O acordo, adotado por quase 200 nações, estabeleceu o objetivo de manter o aquecimento "bem abaixo" de uma elevação de dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais enquanto se "realizam esforços" para uma meta mais rígida de 1,5 grau Celsius.