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Protestos no Chile deixam três mortos em Santiago

Presidente suspendeu o aumento das tarifas de metrô

20 out 2019 - 09h53
(atualizado em 21/10/2019 às 07h39)
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Pelo menos três pessoas morreram na madrugada deste domingo (20) durante os protestos violentos deflagrados nas ruas do Chile em decorrência do aumento de tarifas de metrô. As vítimas foram encontradas no interior de um supermercado que foi saqueado e incendiado em Santiago. Segundo a governadora da cidade, Karla Rubilar, duas pessoas morreram no local e a terceira chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ontem (19), o presidente chileno, Sebastian Piñera, suspendeu o aumento de 30 pesos das tarifas de metrô e anunciou a criação de um plano para tentar reduzir o impacto para setores mais afetados. Apesar da decisão, os atos continuam violentos nas ruas do país.

Protestos no Chile deixam três mortos em Santiago
Protestos no Chile deixam três mortos em Santiago
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    "Escutei com humildade a voz de meus compatriotas e não terei medo de seguir escutando esta voz. Vamos suspender o aumento nas passagens do metrô", disse o presidente em uma transmissão. Além disso, o mandatário, que já havia decretado estado de emergência em algumas cidades, ampliou a medida para as províncias de Concepción e Valparaíso, além de outras três regiões. "O objetivo deste estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: garantir a ordem pública, a tranquilidade dos habitantes da cidade de Santiago, proteger bens públicos e privados e, acima de tudo, garantir os direitos de todos", disse.

    Em seu discurso, Piñera explicou ainda que sua atitude exigirá uma rápida aprovação de lei, "até que cheguemos a um acordo sobre um sistema que proteja melhor nossos compatriotas contra aumentos repentinos e inesperados nos preços do dólar e do petróleo".

    O general Javier Iturriaga, por sua vez, decretou toque de recolher enquanto os incidentes, em diferentes partes da capital, se intensificam. A medida é válida entre as 22h (horário local) e 7h deste domingo.

    Já o ministro da Defesa do país, Alberto Espina, anunciou que 1500 militares foram enviados às ruas para controlar a situação.

    Ao todo, mais de 9 mil homens foram mobilizados. Os protestos foram ampliados para refletir o descontentamento geral com o alto custo de vida em um dos países mais estáveis da América Latina. Mais de 300 pessoas foram presas e 156 ficaram feridas, assim como 11 civis, informou a polícia.

Ansa - Brasil
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