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Provável "czar" anti-Covid-19 de Biden deve supervisionar reação difícil à pandemia

3 dez 2020 - 09h36
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Quando problemas técnicos ofuscaram o lançamento tão alardeado do site da Lei de Cuidado Acessível, o então presidente norte-americano Barack Obama recorreu a Jeff Zients, um assessor econômico louvado por suas habilidades administrativas, para consertar sua principal iniciativa política.

Árvore de Natal no Rockefeller Center, Nova York
 2/12/2020 REUTERS/Eduardo Munoz
Árvore de Natal no Rockefeller Center, Nova York 2/12/2020 REUTERS/Eduardo Munoz
Foto: Reuters

Sete anos mais tarde, Joe Biden, ex-vice-presidente de Obama e hoje presidente eleito, está cogitando convocar Zients para lidar com um problema bem mais intimidante na posição de "czar" anti-coronavírus do novo governo, de acordo com um aliado de Biden a par de suas considerações.

O cargo destacado seria semelhante ao que Ron Klain, o futuro chefe de gabinete de Biden, desempenhou no governo Obama durante a crise do Ebola em 2014 - mas enquanto aquele surto só matou duas pessoas nos Estados Unidos, a pandemia de coronavírus já cobrou mais de 270 mil vidas no país e dá poucos sinais de desaceleração em meio às hospitalizações recordes.

Zients parece o franco favorito para o cargo, que pode ser anunciado já na semana que vem, disse o aliado de Biden. Acredita-se que Vivek Murthy, ex-cirurgião-geral que é um dos principais assessore de Biden no combate ao coronavírus, também está no páreo.

A equipe de transição do presidente eleito não quis comentar ou disponibilizar Zients para uma entrevista.

Biden fez da luta contra a pandemia crescente sua maior prioridade depois de uma campanha na qual criticou com frequência a maneira como o presidente, Donald Trump, lida com a crise. O governo Trump tem uma força-tarefa contra o coronavírus liderada pelo vice-presidente, Mike Pence, e montou a Operação Warp Speed, uma parceria público-privada, para acelerar o desenvolvimento de vacinas.

Além de confrontar a disseminação da doença depois que Biden tomar posse no dia 20 de janeiro, o czar da luta contra o coronavírus supervisionará uma operação gigantesca e inédita para distribuir centenas de milhões de doses de uma nova vacina, coordenando esforços de diversas agências federais.

O lançamento das primeiras vacinas nos EUA pode começar ainda em dezembro, mas meses podem se passar até elas se tornarem amplamente disponíveis.

Zients, um empresário rico que vem transitando entre o setor privado e a América corporativa, tem tido um papel central na transição desde que Biden derrotou Trump na eleição de 3 de novembro. Nas últimas semanas, Zients também tem atuado como uma espécie de intermediário entre governadores e autoridades estaduais no enfrentamento da pandemia, participando com frequência de ligações para compartilhar dados e debater preocupações, segundo duas pessoas a par das ligações.

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