Puigdemont diz que pode governar Catalunha do exílio
Destituído, separatista deve ser eleito presidente da região
O ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont, que vive em autoexílio em Bruxelas, na Bélgica, afirmou nesta sexta-feira (19) que é possível governar a comunidade autônoma a partir de outro país.
Deposto pelo primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, Puigdemont é acusado de rebelião, sedição, prevaricação e desobediência na declaração unilateral de independência da Catalunha e corre o risco de ser preso se voltar a Barcelona.
No entanto, sua lista, a Juntos pela Catalunha, foi a mais votada entre os movimentos separatistas nas eleições antecipadas de 21 de dezembro. Com a maioria dos assentos no Parlamento regional, esses partidos decidiram reconduzir Puigdemont ao cargo de presidente da comunidade autônoma.
"É possível governar de Bruxelas, mas da prisão certamente eu não conseguiria fazê-lo", declarou o líder catalão a uma rádio local. O novo presidente do Parlamento da região, Roger Torrent, iniciou na última quinta-feira (18) conversas com os partidos sobre a designação de candidatos ao governo da Catalunha.
A sessão de posse está marcada para 31 de janeiro, e Puigdemont pretende assumir a presidência da comunidade por videoconferência. Por sua vez, Rajoy ameaça prorrogar a intervenção na região, em vigor desde outubro, se o Parlamento empossar alguém no exílio.