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Putin assina decreto de emergência para proibir exportações

Objetivo do decreto, que fica em vigor até o fim do ano, é 'garantir a segurança da Federação Russa e a operação ininterrupta da indústria'

8 mar 2022 - 17h54
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira, 8, um decreto de "medidas especiais" para salvaguardar a economia do país, no qual autoriza o governo a proibir as exportações de produtos e matérias-primas.

O objetivo do decreto é "garantir a segurança da Federação Russa e a operação ininterrupta da indústria" e estará em vigor até 31 de dezembro de 2022, segundo agências de notícias russas.

O decreto proíbe "exportar para fora da Federação Russa" produtos e/ou matérias-primas, que serão especificados em lista aprovada pelo governo russo nos próximos dois dias. As medidas não serão aplicadas a "produtos e/ou matérias-primas exportadas da Rússia e/ou importadas para o país por cidadãos da Federação Russa, cidadãos estrangeiros e apátridas para uso pessoal".

O presidente da Rússia, Vladimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Com este decreto, o presidente russo confere ao Executivo "a autoridade para determinar os detalhes da aplicação das medidas planejadas" tanto para produtos ou matérias-primas quanto para pessoas físicas ou jurídicas. O governo determinará em dois dias as listas de países estrangeiros onde será proibida a importação de determinados produtos e matérias-primas.

O anúncio deste decreto ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que seu país proibirá as importações americanas de "petróleo, gás e energia" da Rússia devido à invasão da Ucrânia.

Também hoje, o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak disse que a Rússia tem todo o direito de tomar medidas se forem impostas sanções às suas exportações de energia, como a imposição de um embargo ao gás que chega à Europa através do gasoduto Nord Stream 1.

Novak salientou que com sanções mútuas ao gás "ninguém ganha" (...), "apesar de os políticos europeus, com suas reivindicações e acusações, estarem nos empurrando para isso"./ EFE

Estadão
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