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Putin reconhece regiões separatistas da Ucrânia; veja reações ao anúncio

Pouco depois de o presidente russo anunciar o reconhecimento oficial de Donetsk e Luhansk, líderes ocidentais se manifestaram, incluindo promessas de novas sanções.

21 fev 2022 - 19h53
(atualizado às 20h20)
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Televisão instalada na Casa Branca mostram imagem de Putin; EUA prometem novas sanções
Televisão instalada na Casa Branca mostram imagem de Putin; EUA prometem novas sanções
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O presidente russo Vladimir Putin anunciou nesta segunda-feira (21) que reconhecerá oficialmente a independência de duas regiões da Ucrânia, Donetsk e Luhansk, controladas hoje por separatistas apoiados pela Rússia.

O Kremlin também anunciou que tropas russas foram orientadas a agir para "manter a paz" nas regiões ucranianas.

As decisões de Moscou aumentaram o temor de uma guerra na região — e, além dos receios, despertou também reações quase imediatas de organizações internacionais e de representantes de países ocidentais, incluindo o anúncio de novas sanções.

Em uma nota, a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve proibir "novos investimentos, comércio e financiamento por pessoas dos EUA para, de ou dentro (das)" duas regiões separatistas reconhecidas pelo presidente Putin.

Fontes do governo britânico informaram que o Reino Unido também deve anunciar um conjunto de sanções à Rússia nesta terça-feira (22), com restrições a pessoas e organizações ligadas ao governo russo.

Mais cedo, a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, tuitou: "Não vamos permitir que a violação da Rússia de seus compromissos internacionais passe impune."

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, declarou também que a recente decisão de Moscou configura um rompimento das normais internacionais, acusação que foi feita também pelo presidente francês, Emmanuel Macron, e pela ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pediu que seus cidadãos deixem o leste de Ucrânia e se ofereceu para mediar o conflito.

Putin, por sua vez, afirmou que uma eventual adesão da Ucrânia à Otan seria uma "ameaça direta à segurança da Rússia" e disse que a organização ignorou as preocupações de seu país relativas a isso.

Poucas horas depois, uma nota em nome do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, foi publicada: "Eu condeno a decisão da Rússia de estender o reconhecimento às autodenominadas 'República do Povo de Donetsk' e 'República do Povo de Luhansk."

Manifestantes pró-Rússia comemoram na cidade de Donetsk decisão de Putin de reconhecer independência da região
Manifestantes pró-Rússia comemoram na cidade de Donetsk decisão de Putin de reconhecer independência da região
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Mais uma vez, o representante da organização acusou a Rússia de buscar um pretexto para invadir a Ucrânia.

"Isso prejudica ainda mais a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, corrói os esforços para a resolução do conflito e viola os Acordos de Minsk, dos quais a Rússia é parte", continua a nota.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou em nota que a decisão da Rússia "viola a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e é inconsistente com os princípios da Carta das Nações Unidas" e pediu uma solução pacífica e diplomática para a crise no leste ucraniano.

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por sua vez, disse que a "União Europeia e seus parceiros vão responder com unidade, firmeza e determinação em solidariedade à Ucrânia".

"O reconhecimento de dois territórios separatistas na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk", completou von der Leyen.

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