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Quarentena do coronavírus dispara venda de brinquedos eróticos na Colômbia

14 abr 2020 - 10h56
(atualizado às 10h59)
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Gerson Monje ergue o celular para exibir com orgulho sua sex shop virtual. Uma faixa vermelha que diz "esgotado!" cobre metade dos produtos.

07/08/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
07/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Enquanto a maioria dos negócios da Colômbia está sofrendo durante o isolamento de cinco semanas adotado para conter a disseminação do coronavírus, uma indústria da internet viu uma explosão de vendas no país: os brinquedos sexuais não estão parando nas prateleiras virtuais.

"As vendas começaram a subir no quarto dia da quarentena", contou Monje, que ainda consegue entregar produtos aos consumidores em meio ao isolamento nacional. "Vimos um aumento de 50%", disse.

"As pessoas estão em casa e têm mais tempo livre. Estão com seus parceiros ou sozinhas e precisam de diversão em suas atividades diárias quando se trata de intimidade", disse Monje.

A Reuters conversou com representantes de seis sex shops que vendem produtos pela internet na Colômbia e todos disseram que viram uma disparada nas vendas desde que a quarentena começou. Os colombianos têm que ficar em casa até 27 de abril, exceto para comprar alimentos e remédios e ir ao banco, entre outras exceções.

Os brinquedos sexuais podem ajudar as pessoas a manter o ânimo durante um isolamento longo, disse a psicóloga Carolina Guzmán, e podem levar a um afrouxamento das convenções morais.

"A Colômbia tem uma ideia muito conservadora da sexualidade e da comunicação que a cerca", disse ela. "É um bom momento para as pessoas se permitirem trabalhar sua curiosidade e entender que comprar e usar estes produtos é uma coisa ótima."

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