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Queda de avião da Ethiopian Airlines mata 157 pessoas

10 mar 2019 - 09h41
(atualizado às 11h04)
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Pessoas caminham no local do acidente do avião Ethiopian Airlines ET 302, perto da cidade de Bishoftu, sudeste de Adis Abeba, Etiópia 10/03/2019 REUTERS/Tiksa Negeri
Pessoas caminham no local do acidente do avião Ethiopian Airlines ET 302, perto da cidade de Bishoftu, sudeste de Adis Abeba, Etiópia 10/03/2019 REUTERS/Tiksa Negeri
Foto: Reuters

Um avião da Ethiopian Airlines para Nairóbi caiu neste domingo, com 149 passageiros e oito tripulantes a bordo, disse a companhia, com a emissora estatal afirmando que não havia sobreviventes.

O Boeing 737 deixou o aeroporto de Bole em Adis Abeba, capital da Etiópia, às 8h38, horário local, antes de perder o contato com a torre de controle poucos minutos depois, às 8h44.

"Não há sobreviventes a bordo do avião, que transportava passageiros de 33 países", disse a estatal Ethiopian Broadcasting Corporation, citando uma fonte não identificada na companhia aérea.

O voo ET 302 caiu perto da cidade de Bishoftu, 62 quilômetros a sudeste da capital Adis Abeba, informou a companhia aérea, acrescentando que o avião era um Boeing 737-800 MAX, número de registro ET-AVJ.

Esse número do modelo não existe no entanto e vários sites de aviação identificaram o avião como um novo 737 MAX 8, o mesmo avião que caiu na Indonésia em outubro, matando 189.

"As operações de busca e resgate estão em andamento e não temos informações confirmadas sobre sobreviventes ou possíveis vítimas", disse a companhia em comunicado.

O voo teve velocidade vertical instável após a decolagem, disse o site de rastreamento de voos Flightradar24 em seu Twitter.

No aeroporto de Nairóbi, no Quênia, muitos parentes de passageiros estavam esperando no portão, sem informações das autoridades aeroportuárias.

"Estamos apenas esperando pela minha mãe. Só estamos esperando que ela tenha pegado um voo diferente ou esteja atrasada. Ela não está atendendo o telefone", disse Wendy Otieno, segurando o telefone e chorando.

Robert Mutanda, de 46 anos, esperava que seu cunhado viesse do Canadá. "Não, nós não vimos ninguém da companhia aérea ou do aeroporto", disse ele à Reuters às 13h, mais de três horas após a perda de contato com o voo. "Ninguém nos disse nada, estamos apenas aqui esperando o melhor".

O gabinete do primeiro-ministro etíope enviou condolências via Twitter para as famílias dos mortos no acidente.

Em 29 de outubro, um Boeing 737 MAX 8 da Lion Air caiu no Mar de Java pouco depois da decolagem de Jacarta, matando todas as 189 pessoas a bordo.

O avião é a versão mais recente da família 737, a aeronave de passageiros moderna mais vendida no mundo e uma das mais confiáveis da indústria.

A estatal etíope é uma das maiores companhias aéreas do continente em tamanho de frota.

Seu último grande acidente foi em janeiro de 2010, quando um voo de Beirute caiu logo após a decolagem.

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