Quem é a única pessoa que vive com 'pulmão de ferro'
Martha Lillard uso o equipamento desde criança, após contrair poliomielite
Martha Lillard vive há mais de 70 anos com pulmão de ferro. Ela teve poliomielite aos 5 anos, e desde então, usa o aparelho. Moradora de Oklahoma, no EUA, a mulher afirma que já tentou outros equipamentos, mas afirma que esse é o método mais eficaz e confortável.
Após a morte de Paul Alexander, americano de 78 anos que viveu dentro de um 'pulmão de ferro', só há mais uma pessoa no mundo que vive na mesma condição: Martha Lillard. Ela vive há mais de 70 anos com o equipamento, depois de contrair poliomielite, quando ainda era criança.
Em 8 de junho de 1953, Martha comemorava seu quinto aniversário em um parque de diversões em Oklahoma, nos EUA. Pouco mais de uma semana, sua vida mudou radicalmente. Ela acordou em uma manhã com dor de garganta e torcicolo, sendo levada às pressas ao hospital, pois sua família suspeitou que poderia ser poliomielite, já que naquela década, iniciou-se um surto da doença.
Mais tarde, o caso foi confirmado. Martha ficou seis meses internada no hospital, onde foi ligada ao pulmão de ferro para ajudar na respiração e permanece assim até hoje. “Tentei todas as formas de ventilação, e o pulmão de ferro é a mais eficiente, a melhor e a mais confortável”, disse à Radio Diaries em 2021.
Em 1990, o seu "pulmão de ferro" quebrou, e como os equipamentos não são cobertos pelas seguradoras nem reparados pelos fabricantes, ela ficou na mão. No entanto, ela acabou herdando outra máquina de um homem de Utah.
Martha dorme na máquina todas as noites e, embora muitas pessoas que já tiveram poliomielite tenham eventualmente abandonado a máquina, ela nunca conseguiu. Certa vez, ela chegou a ficar presa dentro do equipamento quando uma tempestade de gelo ocorreu em Oklahoma.
O gerador de emergência não funcionou, deixando-a no aparelho sem aquecimento. Ela também não conseguiu ligar para a emergência, já que as torres de celular estavam completamente desligadas. “É quase como ser enterrado vivo, você sabe – é tão assustador. Eu estava com dificuldade para respirar. E me lembro de dizer em voz alta para mim mesmo: 'Não vou morrer'”, relembra.
Felizmente, Martha finalmente conseguiu sinal de telefone e os serviços de emergência conseguiram ligar o gerador novamente.