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Mundo

Rafael Sanzio morreu de pneumonia agravada por erro médico, diz estudo

Nova teoria vem à tona após 500 anos do falecimento do artista

16 jul 2020 - 19h53
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Um estudo realizado pela Universidade de Milão-Bicocca revelou nesta quinta-feira (16) que Rafael Sanzio (1483-1520), um dos principais ícones do Renascimento italiano, morreu após ser atingido por uma pneumonia agravada por um erro médico.

Obra do artista italiano em Roma
Obra do artista italiano em Roma
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    A nova teoria vem à tona 500 anos depois e é a mais recente reconstrução da misteriosa morte do artista, publicada na Internal and Emergency Medicine, revista da Sociedade Italiana de Medicina Interna.

    A análise é baseada em evidências diretas e indiretas da época e exclui outros diagnósticos, entre eles malária, febre tifoide e sífilis, como causas da morte. Desta forma, a pesquisa chegou à conclusão de que a prática de sangria - terapia que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças - provocou o falecimento de Rafael, que teria enfraquecido ainda mais quando foi acometido por uma febre alta. Para encontrar uma solução para o mistério, os pesquisadores compararam as informações contidas no livro "Le Vite", de Giorgio Vasari, que tem testemunhos de figuras históricas com ligação ao pintor e presentes em Roma na época em que Rafael viveu, como é o caso de Alfonso Paolucci, embaixador do duque de Ferrara, Alfonso I d'Este (1476-1534).

    O estudo ainda utilizou alguns documentos redescobertos no século 19 pelo historiador de arte Giuseppe Campori. "O curso da doença combinado com outros sintomas nos levaria a pensar em uma forma de pneumonia", explica Michele Augusto Riva, pesquisador de história da medicina da Universidade de Milão-Bicocca.

    "Não podemos dizer com certeza nem hipotetizar se era de origem bacteriana ou viral como a atual Covid-19, mas entre as várias causas, é a que mais corresponde ao que nos dizem: um curso agudo, mas não imediato, a falta de perda de consciência, ausência de sintomas gastrointestinais e febre contínua", acrescentou o estudioso. Para piorar o quadro clínico, segundo Riva, também pode ter existido um erro médico, com a prática de sangramento, que não é recomendada em caso de febre pulmonar. "Vasari nos diz que o pintor escondeu dos médicos que muitas vezes saía nas noites anteriores devido a casos amorosos. Não conhecendo a conduta do paciente e não conseguindo enquadrar melhor a origem da febre, os médicos teriam errado ao insistir com a sangria", especulou o pesquisador italiano.

Ansa - Brasil
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