Reator da usina de Zaporizhzhia é desligado após ataque
Estatal ucraniana disse que ação russa provocou danos graves
A estatal que administra as usinas de energia nuclear da Ucrânia afirmou neste sábado (6) que o bombardeio russo contra a central de Zaporizhzhia forçou o desligamento de um de seus reatores.
"Após o ataque à central nuclear de Zaporizhzhia, o sistema de emergência foi ativado em um dos três reatores em funcionamento, que se desligou", disse a empresa Energoatom em uma mensagem no Telegram. "O bombardeio de ontem [5] causou um grave risco para o funcionamento seguro da planta", acrescentou.
Segundo a Energoatom, o ataque "danificou gravemente" um depósito de nitrogênio e oxigênio e um edifício auxiliar. "Ainda há um risco de vazamento de hidrogênio e de substâncias radioativas", disse a estatal.
A usina de Zaporizhzhia, na cidade de Energodar, é a maior central nuclear da Europa e está sob controle da Rússia desde o início da invasão.
Moscou nega ter realizado ataques no perímetro da usina, mas diz ter destruído um depósito de combustível do Exército ucraniano perto de Zaporizhzhia. Além disso, acusa as tropas de Kiev de terem lançado disparos de artilharia na direção da central.
Em mensagem no Twitter, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, acusou a Rússia de praticar uma "grave violação das regras de segurança nuclear" e de "desprezar as normas internacionais".
Borrell também cobrou que a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) tenha acesso à usina.