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Redes sociais estão ligadas a risco maior de depressão em meninas adolescentes, diz estudo

4 jan 2019 - 14h42
(atualizado às 14h45)
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Meninas adolescentes estão duas vezes mais sujeitas do que os meninos a exibirem sintomas de depressão ligados ao uso de redes sociais, sobretudo devido ao assédio virtual e a perturbações do sono, além de uma imagem corporal ruim e uma baixa autoestima, disseram pesquisadores nesta sexta-feira.

Mulher tira foto com celular de telas de Marilyn Monroe em exposição de Andy Warhol em Londres 10/02/2017 REUTERS/Stefan Wermuth
Mulher tira foto com celular de telas de Marilyn Monroe em exposição de Andy Warhol em Londres 10/02/2017 REUTERS/Stefan Wermuth
Foto: Reuters

Em um estudo que analisou dados de quase 11 mil jovens do Reino Unido, os pesquisadores descobriram que meninas de 14 anos são usuárias mais frequentes de redes sociais e que dois quintos delas as utilizam durante mais de três horas por dia, enquanto entre os meninos a cifra é de um quinto.

A pesquisa também revelou que 12 por cento dos usuários pouco frequentes de redes sociais e 38 por cento dos usuários muito frequentes de redes sociais (cinco horas ou mais por dia) mostraram sinais de depressão mais grave.

Quando os pesquisadores analisaram processos subjacentes que podem estar ligados ao uso de redes sociais e depressão, descobriram que 40 por cento das meninas e 25 por cento dos meninos vivenciaram assédio ou bullying virtual. Perturbações do sono foram relatadas por 40 por cento das meninas e 28 por cento dos meninos -- ansiedade e sono ruim têm relação com a depressão.

As meninas também foram mais afetadas no tocante ao uso de redes sociais e preocupações com a imagem corporal, a autoestima e a aparência, descobriram os pesquisadores, mas nisso a diferença em relação aos meninos foi menor.

Yvonne Kelly, professora do Instituto de Epidemiologia e Cuidados de Saúde do University College de Londres e coautora da pesquisa, exortou pais e formuladores de políticas a atentarem para os resultados do estudo.

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