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Reféns de Gaza foram mantidas em túneis por meses, diz autoridade médica israelense

27 jan 2025 - 12h20
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Algumas das reféns libertadas de Gaza até agora durante o cessar-fogo foram mantidas em túneis do Hamas por até oito meses seguidos, privadas da luz do dia e com pouco ou nenhum contato humano, disse um general israelense na segunda-feira.

Três civis israelenses e quatro soldados -- todas mulheres -- foram libertadas até agora no cessar-fogo, que começou em 19 de janeiro. Em troca, Israel libertou 290 condenados e detidos palestinos.

"Algumas delas nos disseram que estiveram nos últimos meses, que passaram o tempo todo em túneis, no subsolo", declarou o vice-chefe do departamento médico das Forças Armadas israelenses, coronel Dr. Avi Banov, a jornalistas online.

"Algumas delas ficaram sozinhas durante todo o tempo em que estiveram lá", disse ele. "Aquelas que disseram que estavam juntas estavam em melhor forma."

Os militares israelenses supervisionam os primeiros exames de saúde que os reféns recebem ao chegarem ao território israelense. A Reuters não conseguiu entrar em contato com o braço armado do Hamas para comentar o assunto, mas ele disse no sábado que mantém o bem-estar dos reféns.

As reféns disseram que seu tratamento melhorou nos dias que antecederam a libertação, afirmou Banov, quando lhes foi permitido tomar banho, trocar de roupa e receber melhor alimentação. Elas pareciam estar em boas condições e sorrindo em vídeos nos dias de sua libertação.

Citando a privacidade das reféns, Banov não quis dizer se alguma das sete apresentava sinais de tortura ou abuso.

Algumas não receberam tratamento adequado para os ferimentos sofridos quando foram capturadas durante o ataque liderado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, e algumas apresentavam sinais de "fome leve", segundo Banov.

As três civis, libertadas no primeiro dia do cessar-fogo, receberam alta do hospital no domingo. As quatro soldados, libertadas na segunda troca do cessar-fogo no sábado, ainda estavam sendo tratadas em outro centro médico.

Eitan Gonen, pai de Romi Gonen, de 24 anos, que foi libertada em 19 de janeiro, disse à emissora pública israelense Kan: "Romi é incrível. Encontramos uma mulher madura e incrível que surpreendeu a todos nós".

Gonen não quis entrar em detalhes sobre a condição médica dela ou detalhes de sua provação. Mas ele disse que, enquanto estava em cativeiro, ela havia ouvido algumas das entrevistas de rádio que ele concedeu.

"Mesmo que apenas 10% das entrevistas cheguem aos ouvidos dos reféns, isso é suficiente para dar-lhes força", declarou ele. "Isso lhe deu muita força, energia e grande esperança."

Mais de 250 reféns foram sequestrados no ataque do Hamas em outubro de 2023. Cerca de metade foi libertada no mês seguinte, durante a única trégua anterior da guerra, e outros foram recuperados vivos ou mortos durante os combates. Israel ainda lista 90 prisioneiros em Gaza, com cerca de 30 considerados mortos.

Vinte e seis mulheres, crianças, idosos, reféns doentes ou feridos ainda devem ser libertados na primeira fase de seis semanas do cessar-fogo. O Hamas forneceu uma lista no final do domingo detalhando suas condições.

As autoridades israelenses disseram que acreditam que a maioria dos reféns que deve ser libertada na primeira fase está viva e que temem pela vida dos demais.

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