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Reino Unido começa a escoltar navios britânicos pelo Estreito de Ormuz

25 jul 2019 - 16h56
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O Reino Unido está enviando um navio de guerra para escoltar todas as embarcações de bandeira britânica pelo Estreito de Ormuz, uma mudança de diretriz anunciada nesta quinta-feira depois de o governo chegar a dizer que não tinha recursos para realizar as escoltas.

Fragata britânica Montrose no Mar Mediterrâneo
10/10/2012 Joel Rouse/Marinha Real/Ministério da Defesa/Divulgação via REUTERS
Fragata britânica Montrose no Mar Mediterrâneo 10/10/2012 Joel Rouse/Marinha Real/Ministério da Defesa/Divulgação via REUTERS
Foto: Reuters

As tensões entre o Irã e o Reino Unido aumentaram desde a sexta-feira passada, quando comandos iranianos apreenderam um navio-tanque de bandeira britânica na rota marítima mais importante do mundo para as cargas de petróleo. O fato ocorreu uma quinzena depois de forças britânicas confiscarem um navio-petroleiro iraniano, acusado de violar sanções à Síria, perto de Gibraltar.

O HMS Montrose, fragata britânica atualmente na área, realizou a primeira missão em cumprimento da nova diretriz na noite de quarta-feira.

"A Marinha Real foi encarregada de acompanhar navios de bandeira britânica pelo Estreito de Ormuz, seja individualmente ou em grupos, caso receba notificação prévia suficiente de sua passagem", disse um porta-voz do governo. 

"A liberdade de navegação é crucial para o sistema comercial global e a economia mundial, e faremos tudo que pudermos para defendê-la", acrescentou em um comunicado.

O governo do Reino Unido havia alertado previamente as embarcações de bandeira britânica a evitarem o Estreito de Ormuz quando possível e a notificarem a Marinha se precisassem cruzá-lo, mas havia dito que não conseguiria escoltar todos os navios.

O Reino Unido vem tentando montar uma missão marítima de proteção liderada por europeus para garantir a travessia segura do Estreito de Ormuz desde a apreensão iraniana do navio-tanque, o que Londres disse ter sido um ato de "pirataria estatal".

A mudança de diretriz não foi resultado de uma alteração feita pelo novo primeiro-ministro, Boris Johnson, já que o governo vinha trabalhando no plano há alguns dias, segundo uma autoridade que pediu para não ser identificada.

A Câmara de Comércio britânica, que havia pedido mais proteção para embarcações comerciais na área, saudou a mudança.

"Esta medida proporcionará uma segurança e uma garantia muito necessárias para nossa comunidade marítima neste momento incerto", disse seu executivo-chefe, Bob Sanguinetti. "Entretanto, continuaremos a pressionar por um apaziguamento das tensões na região".

Em qualquer dia, entre 15 e 30 grandes navios de bandeira britânica viajam pelo Golfo Pérsico, e até três passam pelo Estreito de Ormuz, entre Irã e Omã, onde um par de rotas comerciais de cerca de 3 quilômetros de largura oferecem as únicas rotas de entrada e saída do Golfo.

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