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Relação EUA e Cuba nunca será normal com embargo, diz Castro

"Esperamos que Obama continue usando seus poderes para desmantelar aspectos dessa política que causa danos a nosso povo", disse o presidente

16 jul 2015 - 02h23
(atualizado às 09h44)
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O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou nesta quarta-feira (15), que as relações entre seu país e os Estados Unidos não poderão ser normalizadas enquanto persistir o embargo à ilha e pediu ao presidente americano, Barack Obama, que use seus "poderes executivos" para pôr fim ao bloqueio.

"Esperamos que Obama continue usando seus poderes executivos, ou seja, aqueles que pode usar como presidente sem interferências do Congresso, para desmantelar aspectos dessa política que causa danos e privações ao nosso povo", disse Castro em discurso na Assembleia Nacional de Cuba, onde encerrou a primeira sessão plenária das duas realizadas anualmente pelo parlamento unicameral da ilha.

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Faltando cinco dias para o restabelecimento oficial das relações diplomáticas entre Havana e Washington, o líder cubano destacou que na próxima segunda-feira será concluída a primeira fase do histórico processo iniciado em 17 de dezembro de 2014.

Faltam apenas cinco dias para o restabelecimento oficial das relações diplomáticas entre Havana e Washington
Faltam apenas cinco dias para o restabelecimento oficial das relações diplomáticas entre Havana e Washington
Foto: Getty Images

"Começará então uma nova etapa, longa e complexa, no caminho para a normalização das relações, que requererá vontade para encontrar soluções aos problemas que se acumularam por mais de cinco décadas e afetam os vínculos entre nossos países e laços", acrescentou.

Castro, porém, voltou a insistir que para ter relações completamente normais é necessário que, além de suspender o embargo, os EUA devolvam ao país o território "ilegalmente ocupado" pela Base Naval de Guantánamo.

No complexo caminho para o restabelecimento diplomático pleno, Cuba também exige que os americanos encerrem as transmissões ilegais de emissoras de rádio e televisão rumo à ilha, que eliminem os programas para promover "a subversão e a desestabilização internas" e que o país seja compensado pelos "danos humanos e econômicos" provocados pelas políticas de Washington.

Apesar de destacar que está disposto a avançar na normalização das relações com os EUA, Castro disse que "mudar tudo o que deve ser mudado é assunto soberano e exclusivo dos cubanos".

Porém, destacou que os países podem "cooperar e coexistir civilizadamente em benefício mútuo, acima das diferenças que temos e teremos, contribuindo com a paz, segurança, estabilidade e igualdade no continente e no mundo", completou o líder cubano.

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EFE   
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