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Relatórios da inteligência dos EUA alertam para ameaças extremistas perto da eleição

29 set 2020 - 15h12
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Autoridades de segurança dos Estados Unidos estão alertando que extremistas domésticos violentos representam uma ameaça à eleição presidencial de novembro em meio ao que uma delas classificou como "um caldeirão de bruxa" de tensões políticas crescentes, tumultos civis e campanhas de desinformação estrangeiras.

Cartazes de campanha de Joe Biden e de Donald Trump em Fairfax, na Virgínia
18/09/2020 REUTERS/Al Drago
Cartazes de campanha de Joe Biden e de Donald Trump em Fairfax, na Virgínia 18/09/2020 REUTERS/Al Drago
Foto: Reuters

Memorandos do FBI e do Departamento de Segurança Interna (DHS) dizem que ameaças de extremistas domésticos a alvos ligados à eleição provavelmente aumentarão conforme se aproxima a votação de 3 de novembro.

Estes alertas, por ora, praticamente só circularam internamente, mas o escritório de Segurança Interna de Nova Jersey adotou a medida incomum de ressaltar publicamente o perigo em um relatório publicado em seu site na semana passada que foi pouco notado.

"Você tem um caldeirão de bruxa que nunca havia acontecido na história da América. E se havia acontecido, fazia décadas, se não séculos", disse Jared Maples, diretor do escritório de Segurança e Prontidão Interna de Nova Jersey, que publicou a avaliação.

Os protestos de âmbito nacional contra a injustiça racial e a brutalidade policial dos últimos meses foram essencialmente pacíficos, mas alguns levaram a confrontos violentos, inclusive entre facções extremistas de esquerda e de direita.

Os EUA estão enfrentando a pandemia de coronavírus, um desemprego alto e uma eleição presidencial agressiva em um ambiente político polarizado.

Na semana passada, o presidente Donald Trump se recusou a se comprometer com uma transferência de poder pacífica se perder a eleição para o democrata Joe Biden. Ele tenta criar dúvidas sobre a legitimidade do pleito por causa de sua preocupação com a votação pelo correio, que os democratas incentivam durante a pandemia.

Os casos documentados de fraude na votação pelo correio são extremamente raros, e especialistas eleitorais dizem que seria quase impossível elementos estrangeiros interferirem com uma eleição enviando cédulas falsas pelo correio.

Um boletim interno recente do FBI alertou que extremistas domésticos com ideologias variadas provavelmente representarão uma ameaça crescente ao governo e a alvos ligados à eleição na véspera do voto, de acordo com uma pessoa a par do documento. O boletim foi revelado primeiramente pelo Yahoo News.

Até agora, Trump e suas principais autoridades não ressaltaram publicamente qualquer ameaça de grupos extremistas violentos à eleição. Alguns de seus funcionários apontaram o dedo para anarquistas de esquerda e anti-fascistas durante protestos contra a brutalidade policial e o racismo no verão local, mas registros de tribunais federais fornecem poucos indícios de que manifestantes presos devido a atos de violência eram filiados a grupos de extrema esquerda.

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