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Republicanos conquistam maioria na Câmara e vão controlar o Congresso dos EUA, projeta Edison

13 nov 2024 - 17h22
(atualizado às 17h23)
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O Partido Republicano, do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vai controlar ambas as Casas do Congresso quando ele assumir o cargo em janeiro, projetou a Edison Research nesta quarta-feira, o que deve permitir que ele promova uma agenda de corte de impostos e redução do tamanho do governo federal.

Os republicanos terão pelo menos os 218 votos necessários para obter a maioria dos 435 assentos da Câmara, segundo a Edison, com nove disputas ainda sem resultado final. Eles também já garantiram uma maioria no Senado, com pelo menos 52 a 48 de vantagem, faltando uma disputa a ser decidida após a eleição de 5 de novembro.

Durante seu primeiro mandato presidencial, de 2017 a 2021, a maior conquista de Trump foi a aprovação de amplos cortes de impostos, que estão previstos para expirar no ano que vem.

Essa legislação e a lei de infraestrutura de 1 trilhão de dólares do presidente Joe Biden, um democrata, foram aprovadas em períodos em que seus respectivos partidos controlavam ambas as Casas do Congresso.

Nos últimos dois anos de governo, contudo, com o Congresso dividido, Biden teve pouco sucesso em aprovar novas leis e o Congresso enfrentou dificuldades para cumprir sua função mais básica: fornecer os fundos necessários para manter o governo funcionando.

Ao mesmo tempo, a estreita maioria republicana na Câmara tem sido instável, destituindo Kevin McCarthy da presidência da Casa e rotineiramente desafiando seu sucessor, Mike Johnson.

A influência de Trump sobre o partido, especialmente entre os radicais, tem sido muito mais forte -- evidenciada por seu sucesso, no início deste ano, em bloquear um acordo bipartidário que aumentaria significativamente a segurança nas fronteiras.

Seu poder também será respaldado por uma Suprema Corte com uma maioria conservadora de 6 a 3, incluindo três juízes nomeados por ele em sua primeira passagem pela Presidência.

De maneira mais imediata, a vitória dos republicanos certamente influenciará a transição na Câmara após as eleições.

O atual Congresso enfrenta prazos de fim de ano para financiar o governo, evitando paralisações no Natal, e para ampliar a capacidade de endividamento de Washington, evitando um inédito calote.

Um cenário possível é a aprovação de medidas temporárias, dando ao governo Trump a oportunidade de opinar sobre esses dois itens polêmicos quando assumir o poder das mãos do governo Biden em 20 de janeiro. O novo Congresso se reúne em 3 de janeiro.

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