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Republicanos da Câmara não conseguem fechar acordo sobre cortes de impostos, apesar da insistência de Trump

29 jan 2025 - 16h38
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Uma reunião de três dias entre republicanos da Câmara dos Deputados dos EUA, destinada a dar início à agenda de cortes de impostos de 4 trilhões de dólares do presidente Donald Trump, terminou nesta quarta-feira sem um acordo porque os falcões fiscais do partido se recusaram a seguir em frente a menos que o plano reduzisse o déficit federal de 1,8 trilhão de dólares.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, convocou uma reunião dos deputados republicanos nesta semana no resort Doral, de Trump, em Miami, na esperança de chegar a um consenso sobre um projeto orçamentário. A oposição linha-dura -- e a preocupação com a crescente dívida de 36 trilhões de dólares do país, sobre a qual o Congresso precisará agir neste ano -- poderia bloquear o plano de corte de impostos em uma Câmara na qual os republicanos detêm uma maioria apertada de 218 cadeiras a 215 dos democratas, que em breve deverá cair para 217.

"O Partido Republicano precisa se manter unido", disse Trump ao grupo no início de sua reunião na segunda-feira. "Seria diferente se tivéssemos uma... maioria de 30 pessoas. Mas não temos. Temos que ajudar a liderança."

Com os republicanos também possuindo uma maioria de 53 a 47 no Senado, Trump está pressionando os parlamentares a estender seus cortes de impostos de 2017, que devem expirar no final deste ano, fornecer fundos para reforçar a segurança nas fronteiras, deportar imigrantes ilegais e aumentar gastos militares. Somente o custo da extensão do corte dos impostos ultrapassaria 4 trilhões de dólares, de acordo com o Comitê para um Orçamento Federal Responsável, um think tank não partidário.

Trump também pediu que os republicanos aprovassem uma lei para eliminar impostos federais sobre gorjetas, horas extras e benefícios da Previdência Social.

No momento, os republicanos podem se dar ao luxo de perder o apoio de no máximo um membro da Câmara se quiserem aprovar os cortes de impostos em meio ao que se espera que seja uma oposição democrata unida. A reunião desta semana mostrou que a oposição republicana é mais difusa.

O líder do grupo ultraconservador da Câmara, o Freedom Caucus (bancada da liberdade), alertou que o plano poderia não conseguir economizar o suficiente para reduzir significativamente o déficit, uma meta fundamental entre os conservadores fiscais.

"Isso interromperá o processo", disse o chairman do Freedom Caucus, Andy Harris, à Reuters. "Há um amplo grupo de deputados republicanos que acredita que temos que levar muito a sério a redução do déficit."

LINHA-DURA FOCADA NO DÉFICIT

Harris afirmou que os cerca de três dúzias de membros do Freedom Caucus querem uma resolução orçamentária que exija um corte de 3 trilhões de dólares nos gastos do governo federal ao longo da próxima década, e que os parlamentares linha-dura se oporiam a um plano que identificasse apenas metade desse número de cortes ou menos.

"Isso mostraria que não estamos realmente levando a sério a redução do déficit", disse Harris.

Nos últimos dois anos, o Freedom Caucus tem se oposto repetidamente à liderança do partido e, no mês passado, rejeitou uma exigência de Trump para eliminar o teto de endividamento legal do governo federal antes de ele assumir o poder.

Mas, desde a posse, o Congresso ficou ao lado de Trump em votações difíceis -- principalmente quando 50 senadores republicanos votaram para confirmar o ex-comentarista da Fox News, Pete Hegseth, como secretário de Defesa, apesar de críticas generalizadas à sua conduta pessoal.

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