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Grã-Bretanha recomenda camisinha contra o zika

Autoridades sugerem que casais adiem gravidez e usem proteção se o homem tiver ido a uma área de transmissão, como o Brasil

30 jan 2016 - 10h28
(atualizado às 10h37)
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O temor de uma possível transmissão sexual do zika vírus levou autoridades de saúde da Grã-Bretanha a recomendar que casais adiem planos de gravidez e usem proteção em relações sexuais por até seis meses se o homem tiver ido a uma área com transmissão de zika, como o Brasil.

Picada do Aedes Aegypti é principal forma de transmissão da doença
Picada do Aedes Aegypti é principal forma de transmissão da doença
Foto: Getty / BBC News Brasil

O Public Health England (Saúde Pública Inglaterra) recomendou que homens que estiveram em locais com registros da doença usem camisinha por 28 dias se sua parceira estiver grávida ou tentando engravidar.

Já o homem que teve sintomas de zika ou o vírus confirmado em exames laboratoriais deve evitar sexo sem proteção por seis meses. A recomendação vale para o Brasil e para outros 24 países ou territórios.

A principal forma de transmissão do zika vírus, que foi associado a casos de microcefalia (má-formação congênita), é pela picada do mosquito Aedes Aegypti.

No entanto, o vírus já foi isolado no sêmen humano e há dois casos de possível transmissão sexual citados pela literatura científica. Segundo especialistas, a transmissão sexual do vírus da zika ainda não foi comprovada cientificamente, mas também não pode ser descartada.

O próprio órgão britânico destaca que "acredita-se que o risco de transmissão sexual do zika seja muito baixo". O Public Health England diz que a medida é uma precaução e que pode ser revisada à medida em que mais informações se tornarem disponíveis.

Já no Brasil, o site do Ministério da Saúde não faz recomendação para uso de camisinha por causa do zika vírus devido ao risco de transmissão sexual. A posição oficial é que quem deseja engravidar deve discutir os riscos com seus médicos.

O site da pasta afirma também que "outras possíveis formas de transmissão do vírus Zika precisam ser avaliadas com mais profundidade, com base em estudos científicos", mas que "não há evidências de transmissão do vírus Zika por meio do leito materno, assim como por urina, saliva e sêmen."

Foto: Divulgação/BBC Brasil / BBC News Brasil

Mulheres

Jornais britânicos deram destaque à recomendação em suas edições deste sábado. Em chamada de capa, o Telegraph afirma que "casais britânicos foram aconselhados a para de tentar ter um bebê por até seis meses se um dos parceiros tiver voltado de um dos 23 países afetados pelo zika vírus".

Já o tabloide Daily Mirror estampou na manchete: "Não engravidem".

De acordo com as autoridades de saúde britânicas, seis casos de zika já foram notificados em britânicos (um deles, no entanto, não têm relação com o surto atual). O Aedes Aegypti, porém, não circula no país, e todos os casos são de pessoas que viajaram para áreas de risco - nenhuma para o Brasil.

O órgão já havia aconselhado mulheres grávidas a evitar viajar para áreas de transmissão da doença e turistas a tomar medidas para evitar a picada do mosquito em países como o Brasil, como o uso de repelente.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde do Brasil, foram notificados desde outubro 4.180 casos suspeitos de microcefalia. Deste, 270 foram confirmados como microcefalia e outros 3.448 ainda estão sendo investigados. Dos confirmados, 6 têm relação com o zika vírus, e os outros ainda estão sendo investigados.

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