Roma considera limitar acesso à Fontana di Trevi para controlar turistas

Nessa proposta, os residentes romanos teriam acesso gratuito, enquanto turistas de fora seriam solicitados a fazer uma contribuição simbólica, entre um e dois euros

Por: Redação Perfil Brasil

8 set 2024 - 14h08

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Roma, a capital da Itália, está avaliando a possibilidade de implementar medidas para controlar o acesso de turistas à Fontana di Trevi, um dos monumentos mais visitados do país. De acordo com informações da agência Reuters, a prefeitura estuda cobrar uma taxa e exigir agendamento prévio, com horários fixos e um número limitado de visitantes permitidos a acessar os degraus ao redor da fonte.

Fontana di Trevi é uma das fontes mais famosas do mundo
Foto: depositphotos.com / N.Forenza / Perfil Brasil

Nessa proposta, os residentes romanos teriam acesso gratuito, enquanto turistas de fora seriam solicitados a fazer uma contribuição simbólica, entre um e dois euros. Alessandro Onorato, conselheiro de turismo de Roma, mencionou ao jornal Il Messaggero que a medida visa melhorar a gestão do local, especialmente em eventos de grande fluxo turístico.

Turismo em Roma

O ano de 2025 é promissor para o turismo na Cidade Eterna, devido ao Jubileu, evento católico romano que ocorre a cada 25 anos. Este evento tem a expectativa de atrair cerca de 32 milhões de turistas e peregrinos ao longo de um ano. O prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, afirmou que controlar o número de visitantes na Fontana di Trevi é uma "possibilidade muito concreta."

Com o Jubileu, a cidade se prepara para um aumento significativo no número de visitantes, o que torna a situação na Fontana di Trevi tecnicamente desafiadora de administrar, segundo o prefeito.

Quais são os desafios de gerenciar o turismo excessivo?

Outras cidades europeias, como Barcelona e Veneza, também enfrentam problemas causados pelo turismo excessivo. Em 2023, autoridades dessas cidades testaram um esquema de cobrança de entrada para visitantes como forma de controlar o fluxo e preservar seus monumentos históricos. Roma observa esses exemplos antes de implementar suas próprias medidas.

A Fontana di Trevi, com sua tradição de jogar moedas para garantir o retorno a Roma e realizar desejos, é uma das principais atrações turísticas da cidade, até mesmo entre líderes mundiais em visita. A fonte, concluída em 1762, é uma obra-prima do barroco tardio com estátuas de tritões e do deus Oceano, simbolizando a domesticação das águas.

Consequências para os visitantes

As possíveis medidas de controle de acesso à Fontana di Trevi já geram debates entre turistas e moradores. Para os visitantes, o agendamento e a contribuição podem parecer um obstáculo, mas também uma forma de garantir uma experiência mais tranquila e segura. Para os moradores locais, a gratuidade ajuda a preservar um espaço que é parte integrante de sua herança cultural.

Roberto Gualtieri destaca a importância de equilibrar o turismo com a preservação do patrimônio cultural e a qualidade de vida dos romanos. Ele reitera que medidas como estas são necessárias para garantir que a Fontana di Trevi continue sendo um símbolo vibrante da herança cultural romana.

Curiosidades sobre a Fontana di Trevi

A Fontana di Trevi é uma das fontes mais famosas do mundo e uma verdadeira joia do barroco.
A tradição de jogar uma moeda na fonte começou com o filme "La Dolce Vita", de Federico Fellini.
Estima-se que aproximadamente 3.000 euros são jogados na fonte diariamente; esse dinheiro é usado para caridade.
Em 2025, espera-se que a Fontana di Trevi receba milhões de visitantes devido ao Jubileu.
A fonte foi restaurada várias vezes ao longo dos séculos, com a última grande restauração ocorrendo em 2015.