Roma registra primeira morte de paciente com coronavírus
Vítima de 87 anos estava internada em um hospital da capital
A cidade de Roma registrou nesta quinta-feira (5) a primeira morte de um paciente diagnosticado com o novo coronavírus (Sars-CoV-2), doença que já deixou 148 vítimas e mais de 3,8 mil infectados em toda a Itália. Trata-se de uma mulher de 87 anos, que estava internada no hospital San Giovanni, na capital italiana, e apresentou resultado positivo para a Covid-19 no primeiro exame analisado pelo Instituto Spallanzani. Segundo nota do hospital, os médicos ainda aguardavam a contraprova do Instituto Superior de Saúde (ISS). A vítima estava internada desde 17 de janeiro.
"A paciente de 87 anos era portadora de cardiopatia e apresentava endocardite grave com prótese valvar, seguida de problema respiratório. Portanto, é possível, dado o quadro clínico complexo, que a mulher morrer 'COM' o Covid-19 e não por causa do mesmo", diz o comunicado. A epidemia da doença, no entanto, fez o presidente da Itália, Sergio Mattarella, divulgar um vídeo, no qual convida a população a se comportar com "responsabilidade" e evitar a ansiedade.
"Vamos superar essa situação", acrescentou o chefe de Estado, convidando os cidadãos a seguir as instruções do governo.
Segundo Mattarella, "a Itália está passando por um momento particularmente exigente e o enfrenta de obedientemente com total transparência e integridade das informações".
"O governo estabeleceu ontem uma série de indicações para o comportamento diário. Gostaria de convidar todos a observarem cuidadosamente essas indicações, mesmo que possam mudar alguns hábitos da vida", pediu. Hoje (5), o Conselho de Ministros aprovou uma proposta do premier italiano, Giuseppe Conte, que prevê uma verba adicional de 100 milhões de euros do Fundo Nacional de Emergência para a implementação de intervenções da Proteção Civil relacionadas à contenção da propagação do coronavírus no país. O valor se junta aos 5 milhões de euros já aprovados no último dia 31 de janeiro, em conjunto com a declaração do estado de emergência, e aos 20 milhões de euros estabelecidos pelo artigo 4 do decreto aprovado em 23 do mês passado.