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Mundo

Ruas venezuelanas se enchem de manifestantes contra alegação de vitória de Maduro na eleição

30 jul 2024 - 17h47
(atualizado às 17h50)
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Manifestantes foram às ruas ao redor da Venezuela nesta terça-feira, agitando bandeiras e exigindo que o presidente Nicolás Maduro reconheça que perdeu a eleição de domingo para uma oposição que afirma ter obtido uma vitória esmagadora. 

Os protestos, denunciados pelo governo como uma tentativa de "golpe", começaram após o órgão eleitoral declarar na segunda-feira que Maduro havia conquistado um terceiro mandato com 51% dos votos para estender o governo de um quarto de século do movimento chavista. 

A oposição, que considera que o órgão eleitoral está no bolso de um governo ditatorial, diz que os 80% da contagem de votos aos quais teve acesso mostram que o seu candidato, Edmundo González, recebeu mais do que o dobro dos votos que Maduro. 

A renovada instabilidade trouxe uma reação internacional dividida: os Estados Unidos afirmaram que estão considerando novas sanções contra indivíduos associados à eleição a menos que haja mais transparência sobre a votação, enquanto China e Rússia deram os parabéns para Maduro. 

Além de novas sanções, a situação pode estimular ainda mais imigração em um país que perdeu um terço da sua população nos últimos anos. 

Mas, sem sinais de que o Exército romperá o seu apoio de longa data a Maduro, e após ciclos anteriores de protestos contra o governo e sanções não terem conseguido derrubá-lo, os mecanismos abertos à oposição parecem limitados. 

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, proibida de concorrer na eleição, mas que liderou a campanha para González, apareceu ao lado dele em uma reunião em Caracas nesta terça-feira. 

"O que estamos combatendo aqui é uma fraude do regime", afirmou Machado, pedindo protestos pacíficos. 

Uma grande multidão, muitos agitando bandeiras venezuelanas, entoavam: "Não temos medo!". 

"Edmundo é o presidente. Nós sabemos que ele venceu a eleição", disse Andrea García, funcionária de 27 anos de uma corretora, esperando ao lado de outras milhares de pessoas pelas aparições de Machado e González. "Queremos viver na Venezuela que nossos pais tinham, onde não havia fome nas ruas".

"(Maduro) não pode governar com 80% do país contra ele." 

Manifestantes de oposição também foram às ruas nas cidades de Valencia, Maracay, San Cristóbal, Maracaibo e Barquisimeto. Em alguns locais, testemunhas da Reuters viram manifestantes sendo atacados por forças de segurança. Muitas lojas permanecem fechadas. 

Manifestações pró-Maduro foram organizadas para mais tarde nesta terça-feira.

Pelo menos seis pessoas foram mortas ao redor do país em incidentes relacionados à contagem dos votos ou com os protestos associados, segundo o grupo de direitos humanos Foro Penal. 

O coordenador nacional do partido de oposição Vontade Popular, Freddy Superlano, foi detido, disse o partido no X. 

O procurador-geral do país, Tarek Saab, disse na televisão estatal que houve 749 prisões e duas mortes de membros das forças de segurança no Estado de Aragua. Ele não mencionou Superlano e, em um primeiro momento, não respondeu aos pedidos para comentar se Superlano foi detido e por quais acusações.

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