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Rubio defenderá visão de Trump sobre Canal do Panamá e migração em visita à América Latina

30 jan 2025 - 08h50
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Quando o novo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chegar à América Latina neste fim de semana, em sua primeira viagem ao exterior desde sua posse, ele encontrará uma região que está sofrendo com a abordagem diplomática do novo governo.

Nos primeiros dias do segundo mandato de Donald Trump, o novo presidente reforçou sua intenção de recuperar o Canal do Panamá, irritou o Brasil ao deportar migrantes algemados e impôs brevemente sanções e tarifas esmagadoras à Colômbia devido a um impasse sobre voos de deportação.

A primeira parada de Rubio será a Cidade do Panamá, à medida que o governo Trump volta o foco de Washington para a América Latina, com o objetivo de combater a já extensa influência da China na região e conter a migração.

Rubio, o primeiro secretário de Estado latino, já indicou que o Departamento de Estado será fundamental para ajudar Trump a realizar sua política de "conter a migração em massa", e o assunto estará no centro das atenções à medida que ele seguir para El Salvador, Costa Rica, Guatemala e República Dominicana.

O governo Trump tem intensificado as deportações, enviando migrantes em aviões militares para países da região, incluindo a Guatemala. Os voos provocaram um breve impasse com a Colômbia no domingo, depois que o presidente Gustavo Petro se recusou a permitir o pouso de duas aeronaves, antes de concordar em enviar aviões de seu país para trazer os deportados.

Kevin Whitaker, ex-embaixador dos EUA na Colômbia, disse que a imposição imediata de tarifas por Trump, bem como sanções raramente usadas e restrições de visto contra a Colômbia, um aliado de longa data dos EUA, sinalizou aos países da região a seriedade com que o governo Trump está levando a questão da migração.

"A mensagem enviada é o quanto o governo Trump está disposto a usar essas ferramentas", disse Whitaker, agora no think tank Atlantic Council, em uma ligação com repórteres.

Trump tem indicado que deseja reafirmar o domínio dos EUA sobre o Hemisfério Ocidental, dizendo que Washington também precisa controlar a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca - uma aspiração firmemente rejeitada pelas autoridades dinamarquesas e da Groenlândia - junto de suas ameaças sobre o Canal do Panamá.

Rubio, filho de imigrantes cubanos e falante fluente de espanhol, defende uma abordagem agressiva frente a Cuba e Venezuela.

Durante o primeiro mandato de Trump, ele foi uma força motriz por trás da reversão da histórica reaproximação do antecessor Barack Obama com Cuba e desempenhou um papel importante na elaboração de uma campanha de "pressão máxima" contra a Venezuela, incluindo sanções ao setor de energia venezuelano.

"Nossas relações diplomáticas com outros países, especialmente no Hemisfério Ocidental, priorizarão a segurança das fronteiras dos Estados Unidos, o fim da migração ilegal e desestabilizadora e a negociação da repatriação de imigrantes ilegais", disse Rubio em uma nota que define suas prioridades.

Rubio pode usar sua viagem para promover os chamados acordos de "terceiros países", nos quais países aceitam cidadãos de outros países deportados pelos EUA, além de facilitar o caminho para mais voos de deportação que devolvam os imigrantes a seus próprios países, segundo especialistas.

Cuba e Venezuela têm relações frias com os EUA e limitaram muito o número de deportados que estão dispostos a aceitar, portanto, o governo Trump provavelmente precisará encontrar outros países para aceitá-los - incluindo, possivelmente, alguns no itinerário de Rubio.

As conversas de Rubio com o Panamá ocorrerão à sombra das ameaças de Trump. O presidente, durante sua posse, prometeu que os EUA retomarão o Canal do Panamá, mas não deu mais detalhes sobre quando ou como pretende recuperar o canal - que é o território soberano de um parceiro próximo.

Críticos acusaram Trump de imperialismo moderno em suas ameaças sobre o canal e a Groenlândia, sugerindo que essa retórica poderia encorajar a Rússia em sua guerra na Ucrânia e dar justificativa à China se ela decidir invadir Taiwan.

Nos últimos anos, a China tem conquistado influência econômica e diplomática na América Central, onde países como o Panamá deixaram de reconhecer Taiwan, alinhando-se com a visão de Pequim de que a ilha é um território chinês.

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