Rússia acusa Ucrânia de usar agentes tóxicos
Segundo Moscou, substância utilizada é uma toxina botulínica
O governo da Rússia denunciou neste sábado (20) o uso de agentes tóxicos pelas tropas da Ucrânia na província de Zaporizhzhia, que está parcialmente sob controle de Moscou e abriga a maior central nuclear da Europa.
Segundo o Ministério da Defesa russo, militares que faziam tarefas na região foram internados em 31 de julho com sinais de "envenenamento grave". "Tendo como pano de fundo as derrotas no Donbass e em outras regiões, o regime Zelensky autorizou atos terroristas com o uso de substâncias químicas contra militares e civis russos", disse a pasta, citada pela agência estatal Tass.
O Ministério da Defesa afirmou que análises confirmaram a presença de "toxina botulínica do tipo B" no organismo dos militares afetados. "A Federação Russa está preparando documentos com os resultados de todas as análises sobre o caso de terrorismo químico realizado pelo regime Zelensky", acrescentou.
De acordo com Moscou, as provas serão enviadas à Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq). A Rússia também investiga um suposto envenenamento contra Volodymyr Saldo, chefe da administração militar regional de Kherson, província ucraniana sob controle das tropas invasoras.
Em março passado, a Ucrânia havia acusado a Rússia de usar bombas de fósforo nas regiões de Lugansk e Kiev. Essa substância é altamente tóxica e inflamável e pode provocar desde queimaduras graves até necroses.
Uma convenção assinada em Genebra em 1980, da qual Moscou é signatária, proíbe a utilização de fósforo branco contra populações civis ou contra alvos militares dentro de uma área civil.