Rússia e Ucrânia realizam 1ª troca de prisioneiros em cinco meses
A iniciativa contemplou 248 militares russos e 230 soldados ucranianos
A Ucrânia e a Rússia anunciaram nesta quarta-feira (3) a primeira troca de prisioneiros de guerra em quase cinco meses. Foram mais de 200 pessoas libertadas de cada lado, após o que Moscou considerou ser uma 'negociação complexa' envolvendo a mediação dos Emirados Árabes Unidos. As partes cederam depois desta interferência.
Segundo a agência de notícias Reuters, essa foi a maior troca de tropas documentada até o momento. O centro de coordenação de prisioneiros de guerra da Ucrânia também reconheceu brevemente o papel dos Emirados Árabes Unidos no intercâmbio, sem fornecer detalhes.
Apesar da falta de qualquer diálogo sobre como acabar com a guerra de 22 meses, Kiev e Moscou realizaram muitas trocas de prisioneiros desde os primeiros meses da invasão russa em fevereiro de 2022. A taxa das trocas, no entanto, caiu em 2023 e a última ocorreu no início de agosto.
230 Ukrainian defenders returned home!
These are defenders of the city of Mariupol, Zmiiny Island...There are defenders who were at the Azovstal plant. These are servicemen of the Armed Forces of 🇺🇦, the State Border Service, the National Guard, the National Police @ZelenskyyUa pic.twitter.com/RvqN0bZs2h
— Dmytro Lubinets (@lubinetzs) January 3, 2024
De acordo com o comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Lubinets, 230 soldados prisioneiros do país foram recuperados na troca, a 49ª desde o início da ofensiva russa na Ucrânia em fevereiro de 2022. No total, "2.828 defensores [ucranianos] voltaram para suas casas" desde o início do conflito, há quase dois anos, afirmou Lubinets em coletiva de imprensa na Ucrânia.
* Sob supervisão de Lilian Coelho