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Rússia examina ventilador enviado aos EUA depois de incêndios matarem 6 pessoas

12 mai 2020 - 14h59
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Moscou começou a investigar a confiabilidade de um ventilador médico fabricado na Rússia, algumas unidades do qual foram enviadas aos Estados Unidos, depois que seis pessoas morreram em incêndios hospitalares que supostamente envolveram duas máquinas do tipo.

Equipe de emergência tranalha em hospital que teve incêncio em São Petersburgo
12/05/2020
 REUTERS/Anton Vaganov
Equipe de emergência tranalha em hospital que teve incêncio em São Petersburgo 12/05/2020 REUTERS/Anton Vaganov
Foto: Reuters

Cinco pessoas morreram no Hospital São Jorge de São Petersburgo nesta terça-feira, incluindo quatro em uma unidade de tratamento intensivo de coronavírus, de acordo com um advogado local. Uma fonte disse à agência de notícias Tass que o fogo irrompeu depois que um ventilador --usado para ajudar pacientes de Covid-19 gravemente doentes a respirar-- pegou fogo.

Um incêndio semelhante --causado pelo mesmo modelo de ventilador, segundo uma fonte que falou à Tass-- matou uma pessoa em um hospital de Moscou no sábado.

A Roszdravnadzor, a agência reguladora de saúde da Rússia, disse que verificará a qualidade e a segurança dos ventiladores dos dois hospitais, e o hospital de São Petersburgo disse que por ora parará de usar o modelo em questão. O fabricante pediu que as pessoas não tirem conclusões precipitadas.

O modelo em questão, o Aventa-M, está entre aqueles enviados da Rússia aos EUA no início de abril para ajudar o país a lidar com a pandemia de coronavírus e é feito por uma empresa que é alvo de sanções norte-americanas.

A Fábrica de Engenharia de Instrumentos dos Urais (UPZ) de Chelyabinsk, situada 1.500 quilômetros ao leste de Moscou, confirmou que o Aventa-M é um de seus produtos e que foi fornecido ao hospital de São Petersburgo.

"Não temos dados oficiais sobre quais dispositivos estavam instalados na zona do incêndio (de São Petersburgo)", acrescentou uma porta-voz.

A Rússia está relativamente bem abastecida de ventiladores, e aumentou a produção doméstica durante o surto de coronavírus.

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