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Rússia retira mais milhares de pessoas da fronteira e Ucrânia reivindica avanços

15 ago 2024 - 08h05
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A Rússia começou a retirar milhares de pessoas de suas regiões fronteiriças na quinta-feira, depois que a Ucrânia disse que estava avançando mais profundamente no país em uma incursão relâmpago com o objetivo de forçar Moscou a desacelerar seu avanço no restante do front.

Militares ucranianos na fronteira com a Rússia na região de Sumy
 13/8/2024   REUTERS/Viacheslav Ratynskyi
Militares ucranianos na fronteira com a Rússia na região de Sumy 13/8/2024 REUTERS/Viacheslav Ratynskyi
Foto: Reuters

O maior ataque estrangeiro em território russo soberano desde a Segunda Guerra Mundial ocorreu em 6 de agosto, quando milhares de soldados ucranianos invadiram a fronteira ocidental da Rússia, em um embaraço para a alta cúpula militar russa.

Com o apoio de drones, artilharia pesada e tanques, as unidades ucranianas desde então conquistaram um pedaço da maior potência nuclear do mundo e as batalhas continuavam ao longo de uma frente de cerca de 18 km dentro do território russo na quinta-feira.

O governador interino de Kursk, Alexei Smirnov, disse que o distrito de Glushkov, que tem uma população de 20.000 habitantes, estava sendo esvaziado. Até o momento, pelo menos 200.000 pessoas foram retiradas das regiões fronteiriças, de acordo com dados russos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse na quarta-feira que suas forças tinham avançado alguns quilômetros e que o objetivo de reabastecer um "fundo de troca" de prisioneiros de guerra estava sendo alcançado. Uma autoridade ucraniana afirmou que Kiev estava criando uma zona de segurança para proteger sua população contra ataques.

O Ministério da Defesa da Rússia disse na quinta-feira que suas forças haviam abatido drones ucranianos sobre a região vizinha de Belgorod, na Rússia, e que bombardeiros Sukhoi-34 atacaram posições ucranianas em Kursk.

O Ministério da Defesa da Rússia também relatou intensas batalhas ao longo do front ucraniano e disse que suas tropas haviam tomado posições melhores em vários pontos.

Embora o ataque ucraniano tenha envergonhado Moscou, revelado a fraqueza de suas defesas de fronteira e mudado a narrativa pública da guerra, as autoridades russas disseram que o que eles classificaram como uma "invasão" ucraniana não mudaria o curso da guerra.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2022, vem avançando durante a maior parte do ano ao longo do front de 1.000 km na Ucrânia e tem uma grande superioridade numérica. Ela controla 18% da Ucrânia.

A incursão ucraniana na Rússia produziu seus maiores ganhos no campo de batalha desde 2022.

O Ocidente, que apoia a Ucrânia e disse que não permitirá que o presidente Vladimir Putin vença a guerra, afirmou repetidamente que não sabia nada sobre os planos ucranianos de atacar a Rússia. As autoridades russas dizem que não acreditam em tais declarações.

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