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Rússia se prepara para "décadas" sob sanções do Ocidente

16 ago 2024 - 13h08
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As sanções econômicas impostas pelo Ocidente à Rússia permanecerão em vigor por décadas, mesmo que haja um acordo pacífico na Ucrânia, disse uma alta autoridade do Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta sexta-feira.

Presidente da Rússia, Vladimir Putin
16/08/2024
Sputnik/Alexei Babushkin/Kremlin via REUTERS
Presidente da Rússia, Vladimir Putin 16/08/2024 Sputnik/Alexei Babushkin/Kremlin via REUTERS
Foto: Reuters

A Rússia se tornou o país com mais sanções do Ocidente após sua invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, superando o Irã e a Coreia do Norte. Apesar da pressão, a economia da Rússia cresceu 4,7% no primeiro semestre deste ano.

"Essa é uma história para as próximas décadas. Quaisquer que sejam os desenvolvimentos e resultados de um acordo pacífico na Ucrânia, é, na verdade, apenas um pretexto", disse Dmitry Birichevsky, chefe do departamento de cooperação econômica do Ministério das Relações Exteriores.

"As sanções foram introduzidas muito antes. Seu objetivo final é a competição desleal", disse ele, em um fórum de discussão em Moscou.

O painel, intitulado "Sanções contra a Rússia -- rumo ao infinito?", fez parte de um debate mais amplo sobre se Moscou deveria trabalhar para aliviar as sanções ou aceitá-las como uma realidade de longo prazo, aprendendo a contorná-las.

O presidente russo Vladimir Putin disse que a remoção de todas as sanções impostas à Rússia estaria entre suas condições para a paz. Muitos empresários russos estão privadamente infelizes com as sanções, mas temem perder sua riqueza se antagonizarem Putin ou altos oficiais militares e de inteligência durante a guerra.

Na semana passada, o bilionário Oleg Deripaska enfrentou uma reação negativa após fazer uma rara declaração antiguerra, descrevendo o conflito como "louco" e pedindo um cessar-fogo sem condições prévias.

Birichevsky disse que as sanções tiveram alguns benefícios, forçando a Rússia a reestruturar sua economia e produzir mais bens de valor agregado, que antes eram importados de países ocidentais.

"Na década de 1990, pensávamos que se tivéssemos petróleo e gás poderíamos comprar todo o resto no exterior. Agora não podemos comprar isso", disse.

Ele alertou que a "espiral de sanções" continuaria a causar mais sofrimento, à medida que os reguladores ocidentais visam setores que ainda não sofreram punições.

Autoridades ocidentais exerceram pressão sobre os parceiros comerciais de Moscou, ameaçando cortar seu acesso aos mercados ocidentais se cooperassem com a Rússia, acrescentou Birichevsky.

Ele disse que Moscou estava compartilhando estratégias com outros países punidos, como Irã, Coreia do Norte e Venezuela, com o objetivo de criar uma coalizão internacional "anti-sanções", para resistir em conjunto à pressão ocidental.

(Texto de Gleb Bryanski)

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