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Rússia terá "luta difícil" para retomar área controlada pela Ucrânia, diz vice-diretor da CIA

28 ago 2024 - 13h11
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizará uma contraofensiva para tentar retomar o território na região de Kursk capturado pelas tropas ucranianas, mas as forças russas terão "uma luta difícil" pela frente, disse nesta quarta-feira o vice-diretor da CIA, David Cohen.

Em uma conferência do setor de segurança nacional, Cohen disse que a importância da incursão ucraniana, que invadiu cerca de 777 quilômetros quadrados da província russa, ainda precisa ser vista.

As forças ucranianas atravessaram a fronteira ocidental da Rússia e entraram na região de Kursk em 6 de agosto, em uma ofensiva surpresa que continua em andamento.

Embora Kiev tenha dito que não tem intenção de anexar a área que capturou, as tropas ucranianas estão construindo linhas defensivas e aparentemente pretendem manter "parte desse território por algum tempo", disse Cohen à Cúpula de Inteligência e Segurança Nacional.

"Podemos ter certeza de que Putin montará uma contraofensiva para tentar recuperar esse território", disse Cohen. "Acho que nossa expectativa é de que essa será uma luta difícil para os russos."

Segundo ele, Putin "não só terá que encarar o fato de que agora há uma linha de frente dentro do território russo com a qual ele terá que lidar, mas também terá que lidar com as reverberações em sua própria sociedade de que eles perderam um pedaço do território russo".

O sucesso da Ucrânia em Kursk "tem o potencial de mudar um pouco a dinâmica" do conflito "daqui para frente", continuou, sem entrar em detalhes.

A Ucrânia reivindicou a captura de 100 vilarejos em sua incursão na região russa de Kursk, enquanto as forças russas continuam a avançar em Donetsk, no leste ucraniano.

Cohen disse que a Rússia vem obtendo esses ganhos "a um custo extraordinário" de tropas e equipamentos e "pode ou não" capturar a cidade de Pokrovsk, importante centro logístico ucraniano.

"Mas, no final das contas, nada disso é um divisor de águas em um sentido estratégico" para os russos, continuou.

Na terça-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que a guerra com a Rússia acabaria em diálogo, mas que Kiev tinha que estar em uma posição forte e que ele apresentaria um plano ao presidente dos EUA, Joe Biden, e a seus dois possíveis sucessores.

Putin disse que qualquer acordo precisa começar com a aceitação da Ucrânia das "realidades no terreno", o que deixaria a Rússia com a posse de partes substanciais de quatro regiões ucranianas, além da Crimeia.

A Ucrânia diz que controla mais de 1.200 quilômetros quadrados da região de Kursk.

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